Padrasto é preso suspeito de matar o enteado de 17 anos em MT
Um adolescente de 17 anos, desaparecido desde o dia 1º de abril, foi encontrado morto na noite de ontem, em Paranatinga, cidade a cerca de 500 km de Cuiabá, no Mato Grosso.
Kauã Vinicius de Jesus Dourado teria sido executado a tiros no mesmo dia do desaparecimento. O padrasto dele, de 42 anos, foi preso e, segundo a polícia, confessou o crime.
O delegado Hugo Abdon, responsável pelo caso, relata que, ainda durante as investigações pelo desaparecimento, o padrasto do adolescente esteve diversas vezes na delegacia e teria entrado em contradição ao falar do assunto.
Ao prestar depoimento novamente ontem, o suspeito confessou o crime e indicou onde o corpo de Kauã estava.
"Desde o dia 1º de abril até ontem ele [padrasto] veio até a delegacia e foi ouvido diversas vezes. Através dessa investigação e de diversas diligências fomos montando o quebra cabeça e colhendo o máximo de informação até fazermos o interrogatório definitivo do suspeito ontem. Ele confessou a autoria e mostrou onde estava o corpo", explica o delegado.
O corpo de Kauã foi encontrado em uma área de mata na zona rural, a cerca de 15 km da cidade. O padrasto teria levado a vítima até o local, efetuado disparos de arma de fogo e em seguida enterrado o corpo. Segundo o delegado, a área é de pouco movimento.
"Um local extremamente escondido em região de mata e provavelmente seria muito difícil alguém encontrar o corpo", acrescenta o delegado.
"A motivação provavelmente é por brigas internas familiares e um certo grau de psicopatia do suspeito. Ele não apresenta nenhum tipo de rancor, remorso ou arrependimento e não tem nenhuma emoção quando se fala da morte do adolescente", completou Abdon.
O padrasto, que não teve o nome divulgado, foi preso em flagrante e deve responder pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
Suposto sequestro
Segundo a Polícia Civil, durante a investigação diversas hipóteses sobre o que poderia ter acontecido com adolescente foram levantadas.
Uma associação criminosa de estelionatários teria entrado em contato com a família de Kauã, simulando um sequestro, alegando que o adolescente estaria com eles e exigindo o depósito no valor de R$ 2 mil para que ele fosse libertado.
Para comprovar o sequestro, a quadrilha apresentou uma foto falsa do adolescente, com uma pessoa tinha as mesmas características da vítima, aumentando ainda mais a confusão durante as investigações do desaparecimento do menor.
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