MP oferece denúncia contra três PMs por morte de homem em SP
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) ofereceu ontem denúncia por homicídio contra três policiais suspeitos de matar um homem no dia 11 julho próximo ao Grajaú, na zona sul de São Paulo.
Segundo documento obtido pelo UOL, o promotor Alexandre Cid de Andrade afirma que a autoria do crime está comprovada por imagens obtidas por câmeras de segurança no dia da ocorrência, além dos depoimentos de testemunhas.
O promotor ainda afirma que dois dos acusados "perpetraram crimes gravíssimos, no exercício da função pública de segurança, matando de forma impiedosa a vítima que estava desarmada e sozinha, sem qualquer possibilidade de defesa."
Ele ainda cita que os denunciados alteraram a cena do crime "para induzir em erro o Poder Judiciário".
A morte de Vinícius Texucla de Oliveira aconteceu no dia 11 de julho, por volta das 02h03 da madrugada. Os policiais teriam disparado contra o carro de Vinícius, atingindo a parte traseira do veículo.
O tiro atravessou o carro e feriu a vítima pelas costas. Vinícius teria estacionado e caído para fora do veículo. Neste momento, dois policiais jogaram o homem no banco traseiro enquanto um terceiro assumiu o volante. Os envolvidos são acusados de matar Vinícius em um local ermo, onde não havia câmeras de vigilância.
Segundo o MP-SP, os policiais teriam cometido crime de homicídio por motivo torpe com emprego de meio cruel.
Em nota enviada ao UOL, o advogado Renato Soares do Nascimento, afirmou que a defesa dos policiais recebe "com serenidade" a denúncia, mas que "discorda veemente".
O advogado ainda afirma que a defesa "irá demonstrar a legitimidade da ação policial na fase processual."
"Temos provas que o indivíduo que aparece nas imagens estava armado e tentou contra a vida dos policiais que revidaram a injusta agressão, inclusive o mesmo já tem registro na justiça por crime de roubo, outro fato absurdo descrito na denúncia foi um suposto desentendimento entre os polícias o que consideramos um devaneio por parte da acusação", diz.
Segundo a SSP-SP (Secretária de Segurança Pública de São Paulo), "o caso foi investigado pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), por meio de inquérito policial, e relatado na quinta-feira (05), com pedido de prisão temporária aos três agentes".
Os três permanecem detidos no Presídio Militar Romão Gomes.
Na época, a Corregedoria da PM também apurou o episódio e representou pela prisão preventiva dos agentes.
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