Topo

Esse conteúdo é antigo

Antigo barco faraônico é levado para o novo Grande Museu Egípcio

No Egito Antigo, acreditava-se que o barco solar transportaria os falecidos para a vida após a morte - AFP PHOTO / HO / EGYPTIAN MINISTRY OF ANTIQUITIES
No Egito Antigo, acreditava-se que o barco solar transportaria os falecidos para a vida após a morte Imagem: AFP PHOTO / HO / EGYPTIAN MINISTRY OF ANTIQUITIES

Da AFP, no Cairo

07/08/2021 14h24

O Egito transportou intacto o barco solar do faraó Quéops, de cerca de 4.600 anos, para o Grande Museu Egípcio, que deve ser inaugurado em breve, anunciou o Ministério de Antiguidades neste sábado (7).

Os barcos solares eram enterrados em fossos próximos às câmaras funerárias reais, sob a crença de que transportariam os falecidos para a vida após a morte.

A Grande Pirâmide de Gizé, também conhecida como Pirâmide de Quéops, é a maior das três pirâmides de Gizé e abriga o túmulo de Quéops.

"Depois de (...) cruzar as ruas de Gizé em um veículo inteligente, o primeiro barco de Quéops, descoberto em 1954 no canto sul da Grande Pirâmide, terminou sua longa viagem até o Grande Museu Egípcio (GEM)", relatou o ministério em um comunicado.

O barco foi encomendado por Quéops, um monarca da Quarta Dinastia que governou durante o Império Antigo.

Segundo o ministério, o barco solar de 42 metros de comprimento e 20 toneladas é "o maior e mais antigo artefato orgânico feito de madeira na história da humanidade".

Sua viagem em um veículo especial de controle remoto, importado da Bélgica, começou na noite de sexta-feira e durou 10 horas, informou a agência de notícias oficial MENA.

O Egito divulgou a abertura antecipada do GEM no planalto de Gizé, lar das famosas pirâmides, como um importante monumento arqueológico que abriga suas mais preciosas antiguidades.

O barco foi transportado intacto em sua jornada de 7,5 quilômetros e se tornará uma das principais peças quando o novo museu for inaugurado. Antes, era exibido perto da Grande Pirâmide.

O Egito depositou suas esperanças em uma série de recentes descobertas arqueológicas para reacender seu efervescente, mas enfraquecido setor de turismo, que sofreu vários baques, desde a revolta de 2011 até a atual pandemia de coronavírus.

Em abril, as autoridades moveram os restos mortais mumificados de 22 faraós do icônico Museu Egípcio do Cairo para o Museu Nacional da Civilização Egípcia em uma grandiosa cerimônia.