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Casal e filhos desaparecidos no RJ são achados vivendo em rodoviária de SP

Como a saída do RJ foi voluntária, o caso foi encerrado pela polícia - Arquivo Pessoal
Como a saída do RJ foi voluntária, o caso foi encerrado pela polícia Imagem: Arquivo Pessoal

Daniele Dutra

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

20/08/2021 16h16Atualizada em 21/08/2021 12h40

A família de Rio das Pedras, zona oeste do Rio de Janeiro, que estava desaparecida desde o dia 8 de agosto, foi encontrada por policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros. O porteiro Israel Pereira Torres, de 35 anos, a esposa e dona de casa, Adriana Araújo Torres, de 36, e os três filhos - de 5 anos, 3 anos e um ano e meio - estavam vivendo no terminal rodoviário Tietê, em São Paulo, desde o dia 13.

O desaparecimento dos cinco foi registrado no dia 11, após Israel faltar a um almoço de Dia dos Pais sem dar explicações e não comparecer ao trabalho. Após ouvir a família e procurar registros em hospitais e IML (Instituto Médico Legal), a polícia fez buscas por rodoviárias e descobriu que eles teriam sido vistos no dia 13, no terminal rodoviário Tietê.

Os agentes entraram em contato com o terminal para ter acesso às imagens das câmeras de monitoramento. Por meio dessas imagens, a polícia viu que eles ainda estavam no mesmo local.

Após a confirmação de que se tratava realmente da família desaparecida, os parentes foram acionados e imediatamente seguiram para São Paulo. No encontro, eles relataram estar passando por problemas pessoais e com a intenção de mudarem de vida, decidiram deixar tudo para trás.

Jeane Torres, irmã de Israel, que decidiu procurar a polícia para falar sobre o desaparecimento da família, continua sem respostas: "Eles foram localizados em São Paulo, mas nós não sabemos o motivo deles terem ido para lá. Eles não entraram em contato com a gente, não sabemos de nada", disse a irmã ao UOL.

A delegada responsável pela investigação, Ellen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, explicou que a saída de Israel e Adriana da região em viviam foi voluntária: "Eles narraram alguns problemas pessoais, mas não falaram de nenhuma ameaça ou expulsão por parte da organização criminosa presente em Rio das Pedras. Eles falaram que desejavam viver algo novo, uma nova vida. A Polícia Civil encerra as investigações tendo em vista que foi uma saída voluntária".

A delegada também informou que solicitou auxílio de outros órgãos de São Paulo para acolher a família: "Nós mantivemos contato com a Secretaria de Assistência Social de São Paulo e eles já estão sendo amparados por esse estado, assim como o conselho tutelar também, a fim de que todo suporte necessário seja dado para que eles iniciem uma nova vida", explicou Ellen Souto.

A reportagem tenta contato com o porteiro e a família, mas ainda não obteve sucesso.