Eduardo Bolsonaro apoia demissão de professor que exibiu vídeo LGBTQIA+
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) postou hoje (29) no Twitter que o município de Criciúma, em Santa Catarina acertou em demitir o professor que exibiu um vídeo de temática LGBTQIA + em sala de aula.
O parlamentar escreveu: "vídeo pornográfico em escola de Criciúma. Não é a toa que o Brasil ocupa as últimas posições no PISA (tradução da sigla do Programa Internacional de Avaliações dos Estudantes).O município acertou em demitir o tal professor, que sirva de exemplo para não tentarem sexualizar crianças em escolas.
O deputado se referiu ao caso do professor que exibiu uma série de vídeos, entre eles o clipe "Etérea", de Criolo, a adolescentes de 14 e 15 anos, do 9º ano, da Escola Municipal Pascoal Meller, que aborda diversidade e e chegou a ser indicado ao Grammy tino em 2019.
Prefeito sob investigação
A conduta do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), que disse "não tolerar viadagem", será investigada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O procedimento foi instaurado ontem e ficará a cargo do Promotor de Justiça Fred Anderson Vicente, da 5ª Promotoria de Justiça, com atuação na área da cidadania e direitos humanos.
A notícia de fato foi aberta depois de uma denúncia apresentada por uma cidadã e a partir da divulgação de um vídeo do prefeito nas redes sociais, em que ele afirma que não aceitar "viadagem na sala de aula". No pedido, é solicitada a adoção de providências com relação à conduta do político e uma avaliação da situação dos responsáveis por alunos LGBTQIA+ que sofrem desrespeito na escola.
Uma representação criminal também chegou na 2ª Vara da Promotoria de Justiça de Criciúma. O documento foi entregue pela vereadora Giovana Mondardo (PCdoB) e advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB do município, e será remetido à Procuradoria-Geral de Justiça.
A notícia-crime é assinada por mais de 90 pessoas e instituições, entre parlamentares e grupos de cultura, coletivos LGBTQIA+ e dos direitos das mulheres e por partidos políticos. O pedido considera o possível crime de homofobia do prefeito Clésio Salvaro.
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