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RJ: Policial é morto e homem diz que traficantes o forçaram a remover corpo

Inspetor da Polícia Civil Guilherme da Silva Torres, de 47 anos, foi achado morto - Reprodução
Inspetor da Polícia Civil Guilherme da Silva Torres, de 47 anos, foi achado morto Imagem: Reprodução

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

05/10/2021 13h56Atualizada em 06/10/2021 12h47

O inspetor da Polícia Civil Guilherme da Silva Torres, de 47 anos, foi encontrado morto na madrugada de hoje, com marcas de tiros em frente a um hospital no bairro Tanque, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Além do assassinato, o que intrigou os agentes da Delegacia de Homicídios da Capital foi o depoimento de uma testemunha, de que a morte aconteceu dentro da comunidade Cidade de Deus, na mesma região.

Um homem que trabalha em uma empresa de outdoors contou aos policiais que passava pela Estrada Miguel Salazar Mendes de Moraes, quando foi abordado por seis bandidos armados e foi sequestrado e obrigado a entrar na comunidade para transportar e abandonar o corpo do policial.

O homem, que não foi identificado pela polícia, disse que foi ameaçado a todo momento e que teve que carregar o agente morto de dentro da Cidade de Deus até o hospital.

De acordo com a polícia, o inspetor costuma sair às 20h do trabalho, na 4ª DP (Delegacia de Polícia da Praça da Harmonia), no Centro do Rio - a cerca de 30 km de distância da comunidade. Os agentes disseram que Torres costuma voltar para casa de metrô e acreditam que o inspetor tenha sido vítima de um sequestro e que, quando os criminosos descobriram que ele era policial, o mataram.

Familiares contaram que agente retornou há pouco meses ao serviço, após ter viajado para Portugal para visitar a mãe. O corpo de Guilherme Torres foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).

O homem ameaçado pelos criminosos relatou à polícia que o grupo fez uma escolta até que ele retirasse o corpo do carro e colocasse na rua. Feito isso, eles fugiram.

Hoje pela manhã, os agentes da Delegacia de Homicídios da Capital estiveram no local para colher imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os criminosos. A arma do policial não foi encontrada.