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Suspeito de liderar roubos em Araçatuba é preso na fronteira com o Paraguai

Criminosos fizeram moradores reféns após atacarem uma agência bancária no centro de Araçatuba (SP) - Reprodução/Twitter
Criminosos fizeram moradores reféns após atacarem uma agência bancária no centro de Araçatuba (SP) Imagem: Reprodução/Twitter

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/10/2021 20h17Atualizada em 05/10/2021 00h56

O integrante de uma quadrilha de roubos a bancos, suspeito de ser o principal organizador do ataque a três agências, em Araçatuba (SP), no dia 30 de agosto, foi preso, ontem (3), pela Polícia Federal em Ponta Porã (MS), próximo à fronteira com o Paraguai. A ação gerou pânico ao município e terminou com três mortos.

Anderson Meneses de Paula, o "Tuca", foi um dos quatro alvos de uma operação contra o tráfico na região dos limites entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (Paraguai). Ele é suspeito de participar da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que atua dentro e fora de presídios brasileiros, junto a um outro preso preventivamente na ação: William Meira do Nascimento, o "Bruxo". As identidades dos detidos fora do Brasil não foram informadas.

A polícia paraguaia afirma ainda que Tuca é suspeito de ordenar assassinatos nos dois municípios. Nas últimas semanas, o número de mortes teve um aumento significativo, com movimentações do grupo criminoso "Justiceiros da Fronteira" e de uma suposta resposta a eles, por um novo coletivo que denomina "O Crime". As autoridades paraguaias não divulgaram, no entanto, se os presos na operação têm ligação com as mortes assumidas por essas facções.

A Operação "Escritório do Crime" envolveu a Polícia Federal brasileira e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão nos dois lados da fronteira. Também foram apreendidos bens, dinheiro em espécie e munições de grosso calibre. Os valores e quantitativos não foram revelados.

Os suspeitos aguardam audiência de custódia. Eles podem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e armas de fogo e formação de organização criminosa. Se condenados, podem receber penas que excedem 30 anos de reclusão.