Última vítima de naufrágio em MS está em 'difícil acesso', dizem bombeiros
O Corpo de Bombeiros de Corumbá (MS), a 415 km de Campo Grande, segue tentando resgatar a sétima vítima do naufrágio de um barco-hotel no rio Paraguai na tarde de ontem (15). Em vídeo, o comandante do resgate explica que ela está "num local de difícil acesso pelos mergulhadores".
As buscas foram interrompidas por volta das 20h e deverão ser retomadas no início da manhã. Esta é a última pessoa que segue desaparecida do naufrágio. No total, seis corpos foram localizados, quatro hoje e dois ontem.
"A principal dificuldade que nós estamos tendo é o acesso a essa última vítima. Ela está num local de difícil acesso dos mergulhadores. Estamos traçando algumas estratégias para poder alcançar e resgatar essa, que é a sétima vítima", declarou o capitão Rodrigo Alves Bueno, responsável pelo resgate.
"A informação obtida através de um sobrevivente é de que, entre os náufragos, sete pessoas ficaram submersas", diz nota divulgada pelos bombeiros à tarde. "Até o presente momento, seis pessoas foram encontradas em óbito, sendo dois na data de ontem e quatro na corrente manhã."
Das seis vítimas, cinco moravam na cidade goiana de Rio Verde, quatro da mesma família. A prefeitura declarou luto, enquanto a Câmara Municipal prestou condolências.
Em nota, a Marinha confirmou que "das 21 pessoas que estavam na embarcação, 14 foram resgatadas". As buscas continuam.
Vento forte atingiu embarcação
Segundo os bombeiros, toda a região de Corumbá foi atingida por rajadas de ventos fortes por volta das 14 horas de ontem, "ocasionando diversas ocorrências".
"No rio Paraguai, na região do Tagiloma, uma embarcação de turistas chamada 'Carcará', com total de 21 pessoas embarcadas, foi atingida violentamente por esses fortes ventos, vindo a naufragar", dizem os bombeiros.
O barco de esporte e recreio naufragou a cerca de cinco quilômetros do Porto Geral de Corumbá, em um trecho do rio Paraguai atingido por ventos de 45 km/h.
Assim que a informação do naufrágio chegou aos bombeiros, foram montadas equipes de resgate com militares da unidade e da operação Hefesto, montada originalmente para combate aos incêndios florestais na região do Pantanal, em Corumbá.
A equipe formada por 16 militares, incluindo quatro mergulhadores, conta com uma viatura de salvamento, duas embarcações, uma unidade de resgate, além de equipamentos para mergulho. Por volta das 17h, o corpo da primeira vítima foi encontrado.
No estado, ventos chegaram a 90 km/h
Ontem, o estado de Mato Grosso do Sul foi atingido por temporais com trovoadas e fortes ventos, que ultrapassaram os 90 km/h. A chegada de uma frente fria ao estado causou um temporal de areia que "transformou" o dia em noite em várias cidades do estado.
Em vídeos postados por moradores, o céu apareceu tomado por um tom escuro de marrom. Vindos da Patagônia, a chuva e os fortes ventos, que chegaram a 94,5 km/h, derrubaram a temperatura de 33 para 18 °C em Campo Grande. Na região do aeroporto da cidade, a visibilidade foi reduzida para 800 metros por causa da poeira.
As tempestades de areia ganharam atenção nas últimas semanas ao atingirem inúmeras cidades do interior de São Paulo. Depois de um episódio no início de outubro, na tarde de ontem moradores registraram as grandes nuvens de poeira em Ribeirão Preto, Barretos, Batatais, Pirassununga, São Joaquim da Barra, Pitangueiras, Sertãozinho, Serrana, Brodowski, Jardinópolis e Colômbia.
De acordo com o Climatempo, a frequência do fenômeno deve aumentar nos próximos anos. Isso porque as tempestades de areia estão sendo estimuladas pelos períodos de estiagem cada vez mais intensos no Sudeste e Centro-Oeste.
O site de meteorologia atribui a força das tempestades de 2021 a uma sequência ruim de períodos chuvosos, com anos seguidos de precipitação abaixo da média, que deixaram o solo muito seco. Consequentemente, a terra que está "solta" é facilmente levantada pelos fortes ventos.
De acordo com o governo de Mato Grosso do Sul, há risco de tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento de até 90 Km/h neste sábado, na maior parte do estado —exceto na região oeste.
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