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Nova tempestade de areia atinge 12 cidades no interior de São Paulo

Ribeirão Preto foi uma das cidades mais afetadas pelo retorno do fenômeno - Reprodução/Twitter/@nathycarvalho24
Ribeirão Preto foi uma das cidades mais afetadas pelo retorno do fenômeno Imagem: Reprodução/Twitter/@nathycarvalho24

Do UOL, em São Paulo

14/10/2021 19h34Atualizada em 14/10/2021 23h44

Após menos de duas semanas de trégua, as tempestades de areia voltaram a atingir o interior de São Paulo. Na tarde de hoje, moradores da região registraram as grandes nuvens de poeira em Ribeirão Preto, Barretos, Batatais, Pirassununga, São Joaquim da Barra, Pitangueiras, Sertãozinho, Serrana, Brodowski, Jardinópolis e Colômbia.

O fenômeno, provocado pelo tempo seco e potencializado pelas queimadas, foi observado em graus diferentes ao longo do estado. Em Ribeirão Preto, a poeira criou um "muro" nos céus. Já em Serrana, as partículas ficaram mais dissipadas, mas sem deixar de encobrir o céu com um tom de marrom.

"Poderia ser o Saara. Mas é só Serrana City em mais um dia normal no meio da poeira", brincou uma moradora ao compartilhar uma foto da situação na cidade interiorana.

Em Pirassununga, moradores filmaram a poeira vermelha invadindo os céus da cidade, mas sem tomar muita altura, em situação semelhante à observada em Batatais, em que a poluição dividia espaço com as nuvens de chuva.

Em sua última passagem pelo estado de São Paulo, no início de outubro, as tempestades de poeira deixaram seis mortos.

A frequência do fenômeno deve aumentar nos próximos anos, de acordo com o Climatempo. Isso porque as tempestades de areia, que já não são raras em regiões como o interior paulista, estão sendo estimuladas pelos períodos de estiagem cada vez mais intensos na região.

O site de meteorologia atribui a força das tempestades de 2021 a uma sequência ruim de períodos chuvosos, com anos seguidos de precipitação abaixo da média, que deixaram o solo muito seco. Consequentemente, a terra que estava "solta" foi facilmente levantada pelos ventos de quase 100km/h registrados no início da primavera.

Na última atualização do Monitor de Secas do Climatempo, grande parte do país registrava seca em algum grau, com o interior paulista e o triângulo mineiro, as regiões com o grau mais elevado, de seca excepcional.