Brasileira é encontrada morta dentro de apartamento em Paris
Uma brasileira de 38 anos foi encontrada morta no apartamento em que morava na cidade de Paris, na França, na última segunda-feira (7). Beatriz Souza era uma mulher trans e se mudou de Belém (PA) para a França em agosto de 2021.
A notícia da morte da brasileira chegou ao Brasil na última terça-feira (8) por uma amiga de Beatriz, que acionou os familiares na capital paraense. De acordo com informações dos parentes, a mulher teria sido intoxicada.
Os familiares de Beatriz decidiram que não vão trazer o corpo da brasileira para o Brasil porque ela teria pedido à irmã, semanas antes de ser morta, para ser enterrada na França "se alguma coisa acontecesse com ela".
Segundo os amigos de Beatriz, uma pessoa foi presa por suspeita de envolvimento com o caso. O suspeito seria um "parceiro" dela, chamado Michael, que é brasileiro e usa o nome de drag queen Pyetra.
Michael seria violento com a parceira e teria um histórico de idas e vindas com Beatriz. "Esse rapaz fez mal a ela. A Beatriz era louca de amor por ele, uma coisa que não tinha como explicar. Ele xingava ela, mandava mensagens falando coisas horríveis", afirma o amigo da brasileira Samuel Galvino, em conversa com o UOL.
"A Beatriz sempre falava: 'a Pyetra mudou, ela está bem agora, é uma pessoa boa', mas nunca acreditei nisso. Eles foram morar juntos, acabou que brigaram e a Pyetra foi embora, depois voltaram a se falar de novo. Ela falava que a Pyetra estava bem e eu sempre falava: 'Bia, toma cuidado com tua amizade'", conta.
Segundo ele, um dia antes de Beatriz morrer, Michael teria gravado um vídeo dela pedindo socorro e agonizando antes de a deixar sozinha no apartamento. As imagens, divulgadas nas redes sociais, mostram a brasileira chamando Michael de "amigo", pedindo "ajuda" e "misericórdia". "Eles estavam bebendo juntos, parece que se estranharam, brigaram, quebraram todo o apartamento", conta.
O UOL entrou em contato com a polícia de Paris em busca da confirmação da prisão e aguarda retorno sobre o assunto. Até o momento, nenhuma prisão foi oficialmente confirmada.
Em nota, o Itamaraty afirmou que o órgão se encontra à disposição para "prestar toda a assistência possível aos familiares da nacional" por meio do Consulado-Geral na capital francesa.
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