Aluna trans é chamada por pronome masculino e agredida em escola de SP
Uma aluna trans foi agredida por outros jovens durante uma confusão, iniciada por ela ter sido desrespeitada e chamada com pronomes masculinos. O caso aconteceu na Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco, em Mogi Das Cruzes (SP), e imagens que circulam as redes sociais mostram uma aluna chutando cadeiras de uma sala de aula e, em seguida, sendo agredida por outros alunos. Segundo a Seduc-SP (Secretaria de Estado da Educação) o caso ocorreu ontem e está sendo investigado.
De acordo com mães e familiares de alunos ouvidos pelo UOL, a menina que aparece no vídeo é transgênero e teria sido chamada pelo pronome masculino. Irritada com seguidos desrespeitos sofridos na escola, ela chutou as cadeiras da sala de aula. Neste momento, outra criança teria sido atingida e o irmão dela quis revidar, agredindo a jovem.
Nas imagens, é possível observar que ela força a entrada de uma sala, bloqueada por outros alunos, antes de começar os chutes. Na sequência, uma aglomeração de alunos assiste à cena no corredor da escola e a briga é apartada por funcionários.
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O UOL tenta localizar os pais da aluna, que não foi identificada. A série dos envolvidos também não foi informada, mas a reportagem apurou que um dos agressores é do 3º ano do Ensino Médio.
O prefeito da cidade, Caio Cunha (Pode-SP), publicou nas redes sociais uma nota de repúdio às cenas.
Nós, como uma gestão que preza pela educação, não compactuamos com nenhuma forma de violência, principalmente em um ambiente que deveria oferecer respeito e segurança. [...] Como prefeito e, principalmente, como pai, os meus sinceros sentimentos a essa aluna. Todas as pessoas merecem respeito, dignidade e têm o direito de serem quem elas quiserem ser.
Caio Cunha, prefeito
Ele ainda afirmou que a prefeitura está à disposição "para acionar a Diretoria de Ensino, para que sejam aplicadas as medidas cabíveis aos responsáveis por tamanha atrocidade."
Em nota, a Seduc-SP também lamentou a cena repudiando "toda e qualquer forma de agressão dentro ou fora do ambiente escolar". Segundo a secretaria, a direção "agiu assim que tomou conhecimento" da briga.
A pasta ainda informou que acionou a Ronda Escolar, da Polícia Militar, "para garantir a segurança dos estudantes" e que os familiares dos envolvidos foram ouvidos pela direção.
Também foram acionados a equipe do Conviva, programa de convivência e segurança da Seduc-SP, "para dar suporte à comunidade escolar" e o caso foi registrado no Placon, sistema do programa "que tem como principal objetivo monitorar a rotina das escolas da rede estadual."
O incidente será investigado pela Seduc, Diretoria de Ensino e direção da escola.
A secretaria disse que a unidade escolar dispõe da assistência do Programa Psicólogos na Educação, "que poderá ser acionado para auxiliar no caso, se for necessário."
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