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Após atentado, 'Trafigata' é presa por violar o uso de tornozeleira no PR

Camila Marodim ficou conhecida como "Trafigata" e cumpria prisão domiciliar - Reprodução/Instagram
Camila Marodim ficou conhecida como 'Trafigata' e cumpria prisão domiciliar Imagem: Reprodução/Instagram

Lorena Pelanda

Colaboração para o UOL, em Curitiba

10/02/2022 17h40Atualizada em 10/02/2022 20h53

Camila Marodim, conhecida como 'Trafigata', foi presa preventivamente hoje à tarde, em uma casa em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. A Justiça mandou prender a suspeita por descumprimento das medidas impostas pelo regime domiciliar, depois que foi verificado que ela estava a cerca de seis quilômetros do local em que deveria estar cumprindo a determinação.

Segundo a prisão pedida pelo Ministério Público do Paraná, Camila estava descumprindo as regras do uso da tornozeleira eletrônica e não informava os locais onde estava.

Desde quando começou a usar o equipamento, a Justiça constatou seis violações de área de monitoramento e nove violações por falta de carregamento da bateria da tornozeleira eletrônica. Em um dos casos citados, ela deixou o dispositivo de monitoramento descarregado por quatro horas.

"As violações do monitoramento da tornozeleira, que ensejou o pedido de prisão, se devem pela busca frenética dela se manter viva. O atentado sofrido, que é objeto de investigação das forças policiais do Paraná, foi uma das situações de ameaça de morte que ela enfrentou", disse em entrevista ao UOL Claudio Dalledone Jr, advogado de Camila.

Em nota, o Ministério Público do Paraná afirma que "pediu a prisão preventiva da ré por violação da monitoração eletrônica, o que foi deferido pela Justiça. Ela foi recolhida na Penitenciária Feminina do Paraná. A ré foi denunciada pelo MPPR por liderar organização criminosa e tráfico de drogas no âmbito da Operação Ostentação".

Em entrevista ao UOL, o capitão Antônio Carlos dos Santos, do 29º Batalhão de Polícia Militar, afirma que a 'Trafigata' se assustou com a nova determinação.

"Vi Camila na frente da casa e chamei para saber se tinha conhecimento da nova prisão. Ela não foi agressiva, mas ficou desesperada, gritou e chorou muito, já que não sabia que seria presa mais uma vez".

A jovem é apontada como uma das líderes de uma organização criminosa chefiada pelo marido, Ricardo Marodim, que foi executado em novembro do ano passado, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ela já havia sido presa cinco dias após a execução, suspeita de organizar, receber e repassar a droga.

Camila negou todas as acusações e passou a cumprir prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica depois de ficar 40 dias presa.

No último dia 31, a mulher foi alvo de um atentado com mais de vinte tiros enquanto voltava para casa de um supermercado, com um amigo, no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba. Camila não ficou ferida, mas o amigo foi baleado e encaminhado ao hospital.

Ela tinha ido até o estabelecimento que, segundo o seu advogado, fica na esquina da casa onde morava.