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Réu confesso dividiu o corpo da vítima em 419 pedaços no DF

O catador de papel Antônio Carlos Pires de Lima, 33, foi atacado a tesouradas enquanto dormia - Reprodução
O catador de papel Antônio Carlos Pires de Lima, 33, foi atacado a tesouradas enquanto dormia Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

21/04/2022 16h21

Condenado na última segunda-feira (18) no Distrito Federal a 28 anos de prisão por matar, mutilar, carbonizar e beber o sangue de sua vítima, André Soares Ferreira, 39, dividiu o corpo do catador de papel Antônio Carlos Pires de Lima, 33, em 419 partes.

As conclusões são de peritos médicos legistas do IML (Instituto Médico Legal), do IC (Instituto de Criminalística) e do IPDNA (Instituto de Pesquisa de DNA Forense), que se debruçaram sobre perícias e utilizaram técnicas científicas para determinar a dinâmica do assassinato, informou o site Metrópoles.

Após matar André na região de Samambaia Norte, em 4 de outubro de 2021, o criminoso dividiu o corpo da vítima em 419 fragmentos ósseos, todos carbonizados.

Uma parte do material periciado passou por dissecação, revelando vestígios de tecidos de partes moles e tecido ósseo, compatíveis com partes da extremidade cefálica, região cervical e cintura humana.

Tesouradas

Os restos mortais foram encontrados em um terreno baldio. O rapaz teria sido morto enquanto dormia em um sofá de uma casa abandonada.

"Apuramos que a vítima foi morta a golpes de tesoura e teve a boca tampada pelas mãos do autor, que usava uma luva de motociclista", afirmou Rodrigo Carbone, o delegado adjunto que conduziu as investigações na 26ª Delegacia de Polícia.

Conhecedor de termos jurídicos, diz o site, o autor do crime teria desafiado os policiais durante depoimento na delegacia ao dizer que teria proteção espiritual para escapar da condenação legal.

"Vamos ver quem tem mais proteção", teria dito Ferreira aos investigadores.

Depois de negar as acusações, o rapaz admitiu possuir uma faca do tipo peixeira e uma tesoura com o cabo dourado, a mesma usada no assassinato. Ele acabou confessando que mudou a cena do crime e que tentou dificultar a investigação destruindo o corpo.

No julgamento, os jurados aceitaram a argumentação da Promotoria, que alegou motivo fútil para o crime e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.