Amor ao Exército e experiência: quem era paraquedista morta em salto em SP

A paraquedista Bruna Ploner, 33, que morreu após sofrer um politraumatismo durante uma tentativa de pouso na cidade de Boituva, no interior de São Paulo, na manhã de ontem, era ativa nas redes sociais, onde expunha sua rotina de aprendizado nos saltos e seu amor pelo Exército brasileiro.

Nascida em São Bernardo do Campo, a mulher tinha experiência com os paraquedas e fez sua iniciação na área em maio de 2015.

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Alguns dos saltos eram registrados e publicados nas redes sociais. Em 2021, ela compartilhou um vídeo voando ao lado de colegas naquela que seria a sua certificação para a categoria "B" de paraquedismo, concedida a quem tem mais de 50 saltos.

Para acessar a categoria, ela precisou passar por uma prova na qual saltou do avião em terceiro lugar e conseguiu alcançar dois instrutores antes da hora do pouso.

Nesta categoria, o paraquedista ganha "liberdades" como poder saltar com colegas do mesmo nível e fazer saltos noturnos.

Uma das últimas fotos públicas postadas por Bruna nas redes sociais foi uma imagem dela fardada no dia 19 de abril, dia do Exército. "Parabéns ao Exército Brasileiro. Braço Forte, Mão Amiga", disse ela.

Ela ostentava a carreira no Exército com orgulho e tinha acabado de alcançar a patente de 3º Sargento. Em publicação nas redes sociais, a equipe Os Cometas, grupo de paraquedismo do Exército Brasileiro, lamentou a morte da colega.

"A equipe presta solidariedade aos amigos e familiares por esta irreparável perda e rogamos para que Deus possa confortá-los nesse momento de grande dor", afirmou nota.

Ela foi aprovada para fazer parte do quadro dos Cometas em 12 de fevereiro de 2021.

Na ocasião, ela comemorou a conquista nas redes. "Serão anos de dedicação e muitas conquistas".

A paraquedista deixa o marido, Kauê Parra, com quem era casada desde 2017, que trabalha como instrutor de paraquedismo. Ela também deixa uma cadela de estimação chamada Birutinha.

O perfil de Bruna, com muitas publicações abertas para o público, se tornou uma espécie de "memorial", onde muitos prestaram suas últimas homenagens à mulher. "Só guardo boas recordações da sua bondade e disposição para novos desafios", afirmou um colega.

"Ela foi embora desse mundo precocemente, porém, fazendo o que mais amava fazer: voar e viver a liberdade de uma vida sem fronteiras", afirmou outro.