Incêndio no centro de SP assusta trabalhadores: 'Não sabia o que fazer'
O incêndio de grandes proporções no centro de São Paulo, que começou na noite de ontem, surpreendeu trabalhadores que tentaram chegar ao trabalho na região do incidente, que ainda está em fase de rescaldo, mais de 12 horas após o início do fogo.
Por segurança, o entorno da rua Barão de Duprat foi interditado, obrigando o comércio a ficar de portas fechadas na manhã de hoje. Viaturas da CET (Companhia de Engenharia de Tráfico), da SPTrans, Bombeiros e Polícia Militar isolam as ruas que dão acesso aos prédios atingidos e orientam a população sobre os desvios.
Ao redor das faixas de isolamento, dezenas de pessoas se aglomeram para observar a coluna de fumaça ainda visível e apurar as novidades sobre a situação.
O guardador de Carros Tiago de Souza, 37, não conseguiu chegar ao trabalho na rua Cantareira — onde fica o Mercado Municipal —, como faz todos os dias.
"Soube do incêndio em casa, mas vim mesmo assim", diz ele, que mora no Itaim Paulista. "Levo 1h20 todo dia pra chegar aqui. Gastei condução à toa. Vou ter que voltar pra casa."
Já a vendedora de flores artificiais Valdenice Santos, 52, tomou um susto quando chegou para trabalhar, às 8h.
"Me assustei porque não tinha visto nada pela TV", conta. "Quando cheguei, achei que tivesse sido um crime. Foi quando olhei pro alto e vi o prédio queimando".
Moradora de Cotia, ela levará 2h30 para voltar para casa. "Meu chefe me dispensou. Ele não sabe quando os bombeiros vão liberar a região para voltarmos a trabalhar", relatou a mulher ao UOL.
Maria Madalena dos Santos, 45, que há quase um ano entrega senhas na agência dos Correios da rua Cavalheiro Basílio Jafet, ainda esperava para saber se será dispensada do trabalho.
"Quando cheguei, fiquei sem saber o que fazer. Acho que as pessoas vão precisar procurar outra agência dos Correios", opina.
Comerciante se diz "em choque"
O incêndio começou por volta de 21h de ontem no piso térreo de um prédio comercial de 10 andares. Pelo menos outras duas edificações foram atingidas pelas chamas: uma delas abriga uma igreja, a outra, uma loja Matsumoto, especializada em artigos de festa, que desabou "totalmente" com os danos causados pelo incidente, segundo o Corpo de Bombeiros.
Gilmara Ferreira Santos, 45, já foi dona de um ponto comercial em uma das estruturas atingidas e disse estar "em choque" com a destruição.
"Eu estou em choque porque há três anos minha loja ficava nesse prédio", contou ela ao UOL, enquanto observava a fumaça que saía de um dos edifícios atingidos e já condenados pelos bombeiros.
"São várias lojinhas. Você entrava pela porta e acessava as lojas nos cinco andares. Ela vendem lembrancinhas de casamento e aniversário", diz ela, cuja loja agora funciona em outro endereço na mesma região. "Eu conheço o dono do prédio, que está em choque, não fala com ninguém."
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