SP: Jovem invade escola e esfaqueia professoras para se vingar de diretora
Um homem de 22 anos foi preso após invadir uma escola e esfaquear duas professoras no município de Ipaussu, a 350 km de São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na Escola Estadual Professor Júlio Mastrodomênico na noite de ontem, quando o jovem invadiu o local com duas facas e um simulacro de arma de fogo.
Ele abordou o segurança da escola pedindo para ir ao banheiro, mas, após negativa, decidiu pular o muro.
No momento do ocorrido, apenas professores estavam em uma reunião no local.
Segundo o delegado responsável pelas investigações do crime, Marcelo Assis Aliceda, o suspeito confessou que entrou no local para "se vingar" de uma diretora, que lecionava em outra escola, na qual ele estudou em 2012.
"Ele me disse em interrogatório que 10 anos atrás estudava em outra escola e que lá trabalhava a atual diretora dessa escola. Naquela época, ele fez ameaças de praticar atos violentos na escola e todas as providências foram tomadas, [ele foi] encaminhando para psicólogo e tudo mais. Ele ficou com isso, possivelmente deve ter algum problema psíquico, ficou com isso na cabeça e agora confirmou que ele foi na escola atrás da diretora", disse o delegado, em entrevista à TV Globo.
O delegado contou que, ao perceber que a diretora não estava no local, o suspeito atacou professores com uma faca. Um deles, Danilo Lincoln Apolináriode, 27 anos, conseguiu desarmar o jovem, mas foi feito refém por ele, que o deixou sob a mira de um simulacro de arma de fogo.
Após agredir o professor com o simulacro, o suspeito pegou outra faca, que estava escondida, e manteve o professor como refém até a chegada da Polícia Militar.
Após negociações, ele se rendeu.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, duas professoras, Beatriz Belo de Miranda, 26, e Luciene Rose de Lemos, 43, foram internadas com ferimentos.
Beatriz está internada em estado grave porque levou facadas nas costas e tem suspeita de pulmão perfurado. Luciene levou facadas na região do ombro e do braço.
O professor feito refém não teve ferimentos graves.
Em nota, a Secretaria de Educação de São Paulo informou que as servidoras feridas foram encaminhadas para hospitais da região pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O órgão reforçou que não havia alunos no local no momento do ataque e disse que as aulas do período matutino da escola foram suspensas na manhã de hoje.
"A Seduc-SP lamenta o ocorrido e repudia toda forma de violência dentro ou fora da escola", afirmou.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as duas facas, o simulacro e um celular foram apreendidos com o agressor, que está à disposição da Justiça. O homem não teve a identidade revelada.
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