Polícia investiga onda de roubos a casas de idosas em SP; 2 foram mortas
A Polícia Civil investiga uma onda de assaltos a casas de idosas na zona sul de São Paulo. Pelo menos cinco casos foram registrados nos últimos quatro meses, no Sacomã e na Vila Clementino. Duas senhoras de ascendência japonesa morreram enforcadas.
Os criminosos escolhem idosos que moram sozinhos, segundo as investigações. "Eles andam pelas ruas, de carro, olhando e conseguindo alguma informação para chegar a essas casas", diz o delegado Fábio Baena Martin.
O primeiro caso, registrado em outubro de 2022, foi na região do Sacomã. Quatro suspeitos invadiram a residência da enfermeira Tamami Ikuno, 81, durante a madrugada. Eles pularam o muro, entraram pela janela do quarto, e fizeram ela e a filha, de 55 anos, reféns. Tamami e a filha foram agredidas. A idosa morreu por asfixia mecânica por enforcamento.
Os criminosos roubaram dólares, euros, libras esterlinas, diversas cédulas de moedas asiáticas e da América Central, além de joias, celulares e um notebook.
Dois suspeitos foram identificados pela polícia: Nycolas de Souza Fortunato, 20 —que já havia sido preso por roubo a outra residência de idosos asiáticos— e João Henrique Vizacre Oliveira, 19. Eles estão foragidos.
Três meses depois, Yaeko Okamura, 84, também morreu por asfixia mecânica por estrangulamento, após ser torturada durante um assalto no mesmo bairro. O crime foi na madrugada de 30 de janeiro deste ano —e ganhou destaque no noticiário.
Quatro suspeitos foram identificados pela Polícia Civil, mas apenas dois tiveram a prisão decretada pela Justiça: Cauê Ferreira, 20, e Luis Paulo Alves de Castro, 21. A dupla também é considerada foragida.
Na casa de Yaeko, todos os cômodos foram revirados e marcas de sangue foram encontradas na sala. Os suspeitos levaram uma televisão de 55 polegadas e um aspirador de pó.
Foram registrados mais um roubo no Sacomã e outros dois na Vila Clementino —mas sem mortes. As vítimas também são mulheres idosas, com idades entre 68 e 92 anos.
Para o delegado Baena —que apura quatro dos cinco casos— os criminosos acreditam que idosos guardam valores em espécie em casa. "O ladrão tem essa falsa impressão de que vai entrar e achar um cofre com dinheiro, mas não existe mais isso".
Aí eles acabam fazendo essa atrocidade. O excesso da tortura acaba virando latrocínio."
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