PF não vê participação de vinícolas do RS em trabalho análogo à escravidão
A Polícia Federal informou que, até o momento, não foram encontradas evidências de participação de vinícolas do Rio Grande do Sul no caso dos trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão, em 22 de fevereiro.
A informação foi divulgada pelo delegado Adriano Medeiros do Amaral na sexta (17), durante coletiva. Ontem, agentes da PF cumpriram sete mandados de busca e apreensão na região da Serra Gaúcha, em busca de novas provas sobre o caso.
A gente pesquisou bastante sobre isso nas provas que a gente tinha aqui. Não foi encontrado nenhum indício de participação das vinícolas no crime de redução à condição de análoga à de escravo.
Adriano Medeiros do Amaral, delegado
Amaral explicou ainda que o crime contra os trabalhadores não aconteceu somente em um local específico, tendo se manifestado de diversas maneiras.
"A própria falta de pagamento dos salários restringe a mobilidade dos trabalhadores. Eles não poderiam desistir do trabalho e voltar para suas residências, para o seu estado de origem. A gente também está apurando, juntamente com o Ministério do Trabalho, a duração da jornada de trabalho e a questão dos maus tratos", informou.
Operação Descaro
Os mandados foram cumpridos no âmbito da Operação Descaro. Até o momento, as investigações já identificaram seis pessoas envolvidas, suspeitas de integrar uma organização voltada à prática do trabalho análogo ao de escravo, como publicado pela Folha de S.Paulo.
Para o inquérito, foram apreendidos computadores, celulares e documentos, ainda de acordo com Amaral.
Também foram apreendidas nove armas e munição. O delegado reforçou, porém, que as armas tinham situação regular, registradas em nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo ou caçador). Elas foram recolhidas pelo Exército porque estavam armazenadas em local inadequado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.