'Advogado na penitenciária': quem era o suspeito por plano de executar Moro

Patric Velinton Salomão, também conhecido como Forjado, deixou a Penitenciária Federal de Brasília há pouco mais de um ano com a missão de executar ataques do PCC contra autoridades e servidores do sistema penitenciário federal. Ontem, a Polícia Federal desarticulou o plano, que incluía assassinar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o promotor de São Paulo Lincoln Gakiya, entre outras autoridades.

Forjado, de 42 anos, tinha uma dívida com o PCC e em troca de executar o plano, manteria sua posição de liderança na facção. Na prisão, ele demonstrava perfil questionador e de liderança na ala em que cumpria pena, sendo frequentemente cercado pela cúpula do grupo criminoso. Atuava como "advogado" dos demais integrantes do PCC na unidade federal, perguntando sobre atendimentos de saúde, jurídicos e assistência social. Em algumas ocasiões, seu perfil autoritário ficava evidente.

Forjado era apontado como uma liderança do segundo escalão, juntamente com Cláudio Barbará da Silva, conhecido como Barbará, e Edmar dos Santos. Todos recebiam informações por meio de salves, um tipo de comunicação utilizada pelo PCC.

Agora, Forjado está foragido e sendo procurado pela polícia. Seu caso evidencia a complexidade e gravidade do crime organizado no Brasil, bem como a necessidade de ações rigorosas para combatê-lo. É preciso que as autoridades continuem a trabalhar de forma integrada e estratégica para garantir a segurança e o bem-estar da população.