SP: Sindicato mantém greve do metrô mesmo após decisão judicial
Do UOL, em São Paulo
23/03/2023 14h23Atualizada em 23/03/2023 15h21
Em assembleia de emergência feita no início da tarde, o Sindicato dos Metroviários decidiu pela manutenção da paralisação iniciada hoje.
O que aconteceu:
- 2 mil metroviários votaram na assembleia. Foram 81% de votos a favor e 16% contrários na votação realizada no começo da tarde.
- "A postura irresponsável do governador Tarcísio --que mentiu para a população e não liberou as catracas"-- foi um dos fatores para a realização da assembleia extraordinária, segundo o sindicato.
- No final da tarde, os metroviários terão, junto ao governo estadual, uma audiência de conciliação na Justiça do Trabalho. Mais cedo, o Tribunal Regional do Trabalho ordenou que os metroviários trabalhem com efetivo de 80% nos horários de pico (entre 6h e 10h e entre 16h e 20h) e de 60% nos demais horários.
Metroviários acusam Tarcísio de mentir sobre catraca livre
Os metroviários em greve acusam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de romper o acordo para liberar catracas, mas o Metrô nega: a empresa afirma que não havia funcionários o suficiente nas estações para retomar a operação.
- Após a sinalização de que o Metrô havia aceitado liberar as catracas, os metroviários não receberam a autorização operacional para dar início às operações. Segundo a presidente do sindicato, isso é essencial, já que o metrô opera em rede e deve estar com ações articuladas.
- Os metroviários gravaram vídeos dos funcionários prontos para trabalharem nas estações. Segundo o sindicato, essas são provas de que havia efetivo.
- Mais tarde, a pedido do Metrô, a Justiça Trabalhista derrubou a liberação da entrada gratuita nas estações.
Decidimos continuar a greve. Tarcísio rompeu esse acordo, [...] mas seguimos abertos para negociar. Lamentamos que o governo Tarcísio gastou seu tempo no dia para fazer um drible nos metroviários e na população. Se hoje a cidade está um caos, o responsável por isso se chama Tarcísio de Freitas, que mentiu para a população."
Camila Ribeiro, presidente do Sindicato dos Metroviários
Estações impactadas pela greve
- As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata estão paralisadas.
- O rodízio de veículos foi suspenso.
- As linhas de ônibus foram reforçadas pela SPTrans.
- Funcionam normalmente as linhas 4-amarela e 5-lilás, operadas pela iniciativa privada.
- As linhas de trens, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitano), também funcionam normalmente.