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SP: Adolescente autor de ataque em escola será ouvido hoje pela Promotoria

Com a cabeça coberta por uma blusa, o adolescente que fez o ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro deixa o 34º DP e é levado para fazer exames de corpo de delito no IML - Rubens Cavallari/Folhapress
Com a cabeça coberta por uma blusa, o adolescente que fez o ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro deixa o 34º DP e é levado para fazer exames de corpo de delito no IML Imagem: Rubens Cavallari/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

28/03/2023 11h51Atualizada em 28/03/2023 16h16

O estudante de 13 anos, responsável pelo ataque na Escola Estadual Thomázia Montoro, na zona oeste de São Paulo, será ouvido nesta terça-feira (28), pela Promotoria de Justiça de Infância de Juventude da Capital, no Brás.

O que sabemos

O adolescente está na Fundação Casa, no Brás, desde a noite de ontem (27). A unidade fica ao lado da Vara da Infância e da Juventude, onde ele será ouvido.

Ele chegou à fundação em silêncio, segundo uma fonte do sistema socioeducativo.

O estudante deixou o 34º DP de São Paulo, na zona oeste, no fim da tarde de ontem. Após prestar depoimento, ele saiu com o rosto coberto, acompanhado de policiais e pela porta dos fundos.

O pai do menino também foi ouvido pela Polícia Civil de São Paulo. No total, o delegado Marcus Vinícius Reis ouviu 32 pessoas na segunda.

A professora Elisabeth Tenreiro, 71, morreu e cinco pessoas ficaram feridas no ataque. A polícia acredita que o adolescente executou o plano sozinho, mas investiga se teve ajuda na elaboração.

Tem muita coisa ainda para fazer. O caso está esclarecido, tem imagens, tem admissão, tem provas testemunhais, outras vítimas, tem alunos. O que a gente quer é analisar o que aconteceu antes, o que motivou, que brigas foram essas e deixar claramente a motivação."
Marcus Vinícius Reis, delegado responsável pelo caso

Antes da internação

A oitiva informal —como é chamada a conversa com os promotores— não tem um tempo definido em função da complexidade do caso. O adolescente deve estar acompanhado da sua advogada.

Depois, ele retorna à unidade da Fundação Casa para a internação temporária de, no máximo, 45 dias. No decorrer desse período, ele passa pela audiência de apresentação, na qual será definida a medida socioeducativa que deverá cumprir.

Ainda não há data definida para as audiências de apresentação e de continuidade, que ocorrem na presença de um juiz, promotor, defensor e a família do adolescente.

Medidas socioeducativas podem ser cumpridas no máximo até três anos nas unidades da Fundação Casa, independentemente do ato infracional.

Investigação

Pistolas de airsoft, máscaras e bilhetes manuscritos apreendidos na casa do adolescente foram encaminhados à Vara da Infância e Adolescência.

Os próximos passos da Polícia Civil, segundo o delegado responsável pelo caso, serão analisar o material coletado, as postagens na internet e verificar esses bilhetes, os depoimentos e as declarações.