Topo

PF identifica mulher de Goiás como 3ª vítima de troca de etiquetas de malas

Do UOL, em São Paulo

10/04/2023 18h17Atualizada em 11/04/2023 08h58

A Polícia Federal de Goiás identificou outra vítima da organização criminosa que troca etiquetas de malas em aeroportos para enviar bagagens com drogas para o exterior. Segundo o delegado Bruno Gama, o caso ocorreu no dia 3 de março —um dia antes de as goianas Jeanne Paolini e Kátyna Baía despacharem as malas e terem passado pelo mesmo golpe.

O que aconteceu

Uma mulher despachou as malas em Goiânia com destino à França e foi vítima da organização criminosa, informou o delegado Bruno Gama. A bagagem trocada foi apreendida com drogas em Paris. A passageira foi liberada.

Duas pessoas foram presas no país europeu. A Polícia Federal de Goiás também investiga o caso.

Para o delegado, esse novo caso mostra que a Kátyna e Jeanne não estavam envolvidas e são vítimas de uma organização criminosa. Elas também despacharam as malas em Goiânia.

A PF de Goiás informou que a libertação de Kátyna e Jeanne depende da justiça da Alemanha, que analisa as provas enviadas pela polícia brasileira.

A polícia de Goiás procura mais suspeitos em São Paulo, Goiás e em outros países. O delegado afirmou que a polícia vai analisar as provas colhidas nos aeroportos e com as prisões dos suspeitos.

A apuração descobriu que outra mulher goiana despachou uma bagagem em Goiania para França no dia 3 e essa organização criminosa conseguiu fazer a troca das etiquetas de uma das bagagens. Essa bagagem foi apreendida com drogas, foram presas duas pessoas com drogas em Paris."
Bruno Gama, delegado da Polícia Federal de Goiás

Brasileiras presas são inocentes, diz polícia

A apuração da troca das etiquetas das malas começou, segundo a polícia, por meio de informações de inteligência sobre as brasileiras presas na Alemanha. A polícia de Goiás investiga o caso porque as bagagens foram despachadas no aeroporto do estado.

A polícia afirma que os primeiros passos foram identificar o perfil das brasileiras, a forma de pagamento das passagens e pedir as imagens de câmeras de segurança do imóvel residencial das mulheres e do aeroporto de Goiânia.

Por meio das imagens de câmeras de segurança, o delegado Bruno afirma que foi possível identificar a atuação da organização criminosa.

De acordo com o delegado, as imagens demonstram que os seis suspeitos presos na semana passada estão envolvidos na organização criminosa. Eles são funcionários terceirizados do aeroporto de Guarulhos e atuavam internamente.

Cópias das provas, que incluem vídeos e depoimentos, foram enviadas para autoridades da Alemanha, segundo a delegada Marcela Rodrigues, superintendente da Polícia Federal em Goiás. O objetivo é comprovar a inocência das brasileiras presas.

Elas não tinham o perfil das pessoas investigadas por tráfico de drogas. Foi verificado também que as bagagens remetidas por elas aqui eram diferentes das bagagens apreendidas na Alemanha, diferentes em cores, peso."
Bruno Gama, delegado da Polícia Federal