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Clube promove curso de tiro para crianças; MP recomenda suspensão

Crianças aparecem em fotos empunhando armas de pressão durante curso de atirador mirim - Reprodução/Redes sociais
Crianças aparecem em fotos empunhando armas de pressão durante curso de atirador mirim Imagem: Reprodução/Redes sociais

Eduarda Esteves

Do UOL, em São Paulo

13/04/2023 18h53Atualizada em 13/04/2023 19h05

Um clube tiro realizou um treinamento para crianças no último dia 1º de abril. A empresa foi alvo de críticas nas redes sociais após a divulgação de fotos dos menores empunhando armas do tipo "airsoft".

O que aconteceu:

O curso chamado "Projeto Hunter Atirador Mirim" foi promovido pelo Clube de Caça e Tiro Hunter, em Jataí, no Sudoeste de Goiás.

O clube compartilhou, nas redes sociais, diversas fotografias de ao menos 15 crianças no dia das aulas. Nas imagens, é possível ver os menores segurando as armas de pressão.

O uso da arma de airsoft é permitido para a prática de tiro desportivo, e a venda pode ser feita legalmente a maiores de 18 anos.

Hoje, a promotora Patrícia Galvão, titular da 7ª Promotoria de Justiça, recomendou que as aulas sejam interrompidas "imediatamente", informou o Ministério Público de Goiás.

A recomendação diz ainda que não seja realizada qualquer atividade prática ou teórica de tiro desportivo, ainda que com arma de pressão ou simulacros em geral, com crianças e adolescentes menores de 14 anos.

O clube também deverá comunicar publicamente o cancelamento das aulas nas redes sociais. O descumprimento da recomendação poderá acarretar a responsabilização cível e criminal dos envolvidos.

O que diz a empresa:

O clube justificou que foi feito um "evento recreativo para crianças e adolescentes, onde os pais dos menores fizeram as respectivas inscrições de seus filhos, bem como assinaram termo de autorização".

A empresa alega ainda que a intenção do evento foi ensinar o manuseio do airsoft, "sobretudo para demonstrar que mesmo a arma de brinquedo tem as suas regras de utilização que devem ser respeitadas".

Veja a nota completa: