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Quem é o surfista do RJ que virou 'venerável' no Vaticano e pode ser santo

Guido Schäffer, médico seminarista e surfista que morreu em 2009 - Reprodução/Redes Sociais
Guido Schäffer, médico seminarista e surfista que morreu em 2009 Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

22/05/2023 04h00Atualizada em 22/05/2023 14h18

O papa Francisco autorizou no sábado (20) a promulgação do decreto que reconhece as virtudes de Guido Schäffer, médico, seminarista e surfista que morreu afogado em 2009, aos 34 anos.

O que aconteceu

Guido se tornou venerável, título canônico concedido aos que podem ser canonizados — ou seja, tornarem-se santos.

O pedido para a canonização foi feito em maio de 2014 pela Arquidiocese do Rio. Após o título de venerável, para conceder o título de beato, a Igreja Católica exige a comprovação de um milagre relacionado ao candidato, entre outros requisitos.

Os administradores do perfil que conta a história de Guido Schäffer comemoraram a promulgação do decreto no Vaticano. A página no Instagram destaca os feitos do candidato a santo.

Vencemos uma etapa muito importante na causa de beatificação, com este decreto Guido recebe o título de Venerável.

Com o mesmo empenho continuaremos divulgando o Venerável Guido Schaffer, pedindo sua intercessão e aguardando que possamos ter um milagre reconhecido para que ele se torne beato.

Quem foi Guido Schäffer

Nascido em Volta Redonda (RJ) numa família de classe média em 1974, Guido começou a se dedicar à obra da Igreja Católica nos anos 1990, quando criou um grupo de oração.

Ele foi criado em Copacabana, onde morou com os pais e dois irmãos. Formado em medicina, dedicou sua atuação profissional a ajudar os mais necessitados.

Guido trabalhou no atendimento a pacientes com HIV no Hospital Evandro Chagas (Fundação Osvaldo Cruz) durante sua formação acadêmica. Ele considerava primordial que um clínico conhecesse bem os sintomas da doença, a fim de detectá-la rapidamente, possibilitando maior êxito ao tratamento.

Aos 26 anos, começou a se dedicar à vida religiosa e passou a estudar teologia. Ao surfista, são atribuídos milagres e curas, o que fez com que uma legião de fiéis passasse a pedir sua canonização.

Guido nunca falava mal de ninguém, segundo testemunho de seus colegas de filosofia e teologia na Faculdade de São Bento. Quando os encontrava comentando episódios que haviam causado revolta, com habilidade desviava o assunto e os levava para uma oração, diz trecho da biografia de Guido publicada em seu site.

Ele morreu em 2009, aos 34 anos, em um acidente de surfe na Praia do Recreio, no Rio. Uma prancha bateu em sua nuca, fazendo com que ele desmaiasse e morresse afogado.

Seu túmulo no Cemitério São João Batista, em Botafogo, também no Rio, é visitado por romeiros.

*Com informações do Estadão Conteúdo