Freixo: PF fez em 6 meses mais do que investigação do RJ ao longo dos anos

Ao comentar sobre o andamento do caso Marielle Franco, morta em 2018, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou, em entrevista ao UOL News desta segunda-feira (24), que a Polícia Federal fez em seis meses mais do que a investigação do Rio de Janeiro ao longo dos últimos anos.

Foram cinco delegados da Polícia Civil ao longo desse anos. É inacreditável que tal coisa tenha acontecido. Desses cinco, convivi com dois, muito corretos, bons delegados, falo do Daniel Rosa e do Moisés Santana, que fizeram bom trabalho, recebiam a família, tinham linhas de investigação e foram trocados abruptamente, sem que a gente entendesse a razão. Tô falando de dois, mas foram cinco. Isso não é para você chegar a algum lugar correto. A Polícia Federal conseguiu fazer em seis meses mais do que se fez em tantos anos na investigação anterior.

Freixo destacou que a polícia civil do Rio de Janeiro conta com bons policiais, mas disse que a falta de vontade política para prosseguir com o caso atrapalhou.

São muitos bons policiais civis no Rio de Janeiro, a maioria esmagadora são bons policiais civis. Agora, a condução política, a falta de vontade politica para se resolver esse caso. A ideia de se permitir um debate ideológico sobre um homicídio fez muito mal a esse país, muito mal a esse caso, muito mal ao Rio de Janeiro.

Corpo de Marielle ainda estava no carro quando fake news começaram, diz Marcelo Freixo

Marcelo Freixo também comentou a respeito das fake news que envolvem o caso e também as mentiras contadas a respeito de Marielle Franco.

O corpo da Marielle estava dentro do carro ainda quando as fake news começaram a acontecer. Eu estava no local conversando com delegado e começaram a chegar fake news. Eu ainda fico perplexo quando falo disso, eu não consigo compreender em que lugar chegamos em termos humanitários. Estamos falando da morte de uma pessoa querida, humana, extraordinária, não tem homicídio e cuidado à direita ou à esquerda, estamos falando de homicídio.

Freixo ainda criticou quem tenta relacionar o caso com algum tipo de ideologia.

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Isso é uma doença, a ideologia não é isso, existem disputas políticas, eleitorais, existem concepções de estado e valores diferentes. Por isso, vivemos na democracia, que é diferença. Agora, a ideia de levar esse debate de quem pensa diferente para pedir a não investigação de um homicídio não tem o menor cabimento.

Sakamoto: Élcio deve ter percebido que é peixe pequeno nesse processo

O colunista do UOL Leonardo Sakamoto comentou sobre a delação do ex-PM Élcio de Queiroz em sua participação no UOL News. Sakamoto analisou os motivos que podem ter levado à delação.

Élcio deve ter pensado que ele era nesse processo todo peixe pequeno, e aí ele resolveu falar. Deve ter vários elementos que levaram ele a falar, a gente ainda não tem. O que foi liberado foi o anexo 2 do depoimento, que é todo momento da execução do crime.

Sakamoto ainda destacou que Élcio afirmou ter recebido menos dinheiro do que Ronnie Lessa para o crime.

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O que ficou claro pelo depoimento é que o Élcio se ressente porque, inicialmente, o Ronnie Lessa disse que não estava ganhando nada, que era pessoal. Depois, viu que Ronnie tava com muito dinheiro e ele acabou se ressentindo porque tinha ganhado só mil reais para pilotar, como ele diz, para levar, até o ataque, à execução.

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