Conteúdo publicado há 10 meses

Guarda civil é morto a tiros em São Vicente (SP) após tentativa de assalto

Um guarda civil municipal (GCM) foi morto na noite desta sexta-feira (4), em São Vicente, na Baixada Santista. Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), ele teria reagido a uma tentativa de assalto.

O que aconteceu

A vítima estava parada em sua moto no semáforo quando foi abordada por duas pessoas em outra motocicleta. Um dos suspeitos de tentarem o assalto estava armado.

Segundo o boletim de ocorrência, o oficial morto é Pedro Luís Rocha Saes, de 23 anos. Ele foi abordado na avenida Martins Fontes.

A namorada de Saes estava na garupa da moto e disse que viu o policial puxar a arma para reagir.

A mulher declarou que desceu da moto e saiu correndo. Pouco depois, afirmou ter ouvido os disparos e viu o parceiro baleado no chão. Saes foi atingido por quatro disparos de arma de fogo.

O guarda civil foi atendido pelo Samu e encaminhado ao Hospital Vicentino. Saes, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele trabalhava como GCM em Cubatão, cidade próxima a São Vicente, e estava de folga. A namorada dele não se feriu.

Segundo a SSP-SP, os policiais mandaram uma arma de fogo para perícia. A Polícia Civil solicitou exames de perícia ao Instituto de Criminalística e ao IML (Instituto Médico Legal). O caso foi registrado como latrocínio pelo 1° DP de São Vicente.

A Baixada Santista tem vivenciado uma onda de assassinatos nos últimos dias. Ao menos 16 pessoas morreram após a polícia iniciar a Operação Escudo na região após a morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis. O governo do estado diz que os suspeitos foram identificados, mas a ação permanece.

A SSP afirma que 147 pessoas foram presas em oito dias de operação. No balanço atualizado, a polícia militar prendeu 121 suspeitos, e a polícia civil mais 26. Ao todo, as forças policiais apreenderam 476 quilos de drogas, 22 armas 3.137 automóveis, dos quais 202 foram removidos, e 1.710 motocicletas, das quais 163 foram recolhidas.

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A ação policial tem sido denunciada por moradores do Guarujá. Segundo relatos, pessoas inocentes foram assassinadas pelos policiais na chacina do Guarujá. A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, a Defensoria Pública de São Paulo e o Ministério Público de São Paulo solicitaram acesso às imagens produzidas pelas câmeras acopladas aos uniformes dos agentes da Rota após os primeiros relatos de torturas e mortes na cidade. Até o momento, nenhum órgão teve retorno.

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