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AL: Homem que atirou em esposa grávida e a deixou tetraplégica é condenado

Mulher vítima violência doméstica Imagem: Getty Images/iStockphoto

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/10/2023 16h40

A 3º Vara Criminal da Comarca de Santana do Ipanema, em Alagoas, condenou um homem a 23 anos e quatro meses de prisão por atirar contra a esposa grávida, deixar a vítima tetraplégica e fazê-la perder a filha.

O que aconteceu:

O crime ocorreu em 2016, mas a condenação foi proferida nesta sexta-feira (6). Segundo o processo, na ocasião a vítima, Rita de Cássia Silva Soares, estava grávida de 24 semanas, quando foi baleada no pescoço. Rita ficou tetraplégica e foi submetida ao parto prematuro. A bebê morreu dias depois.

A motivação do crime seria ciúmes do réu. Conforme a Justiça de Alagoas, Claudianor Alves de Freitas manteve um relacionamento com a vítima por três anos e as agressões tiveram início quando eles foram morar juntos.

Durante o julgamento, a defesa do acusado alegou "inexistência de indícios suficientes de autoria ou de participação" de Claudianor nos crimes, mas a justificativa não foi aceita.

Na decisão, o juiz Elielson dos Santos Pereira destacou que o réu "atirou contra sua companheira o que gerou a morte da criança poucos dias depois do seu nascimento", além de ter deixado Rita de Cássia "dependente da família para todas as atividades do dia a dia, por mais simples que fossem".

Claudianor também foi considerado culpado pelo crime de homicídio doloso, sem chances de defesa para a vítima, em relação à morte da bebê que nasceu prematuramente.

Além da condenação a 23 anos e quatro meses de prisão em regime inicial fechado, o réu também deverá pagar indenização de R$ 100 mil por danos morais à ex-companheira. Cabe recurso da decisão. O UOL não conseguiu localizar a defesa do acusado. O espaço segue aberto para manifestação.

Em caso de violência doméstica, procure ajuda

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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