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'Pensei que era bomba', diz aluna de escola atacada a tiros em SP

Do UOL, em São Paulo

23/10/2023 09h54Atualizada em 23/10/2023 11h50

Uma aluna da Escola Estadual Sapopemba, alvo de tiros na manhã de hoje, relatou o desespero dela e dos colegas, que saíram correndo da sala de aula quando outro estudante — que também seria aluno da instituição — matou uma garota e feriu outras duas.

A adolescente de 16 anos é aluna do terceiro ano do Ensino Médio. Em áudios enviados ao pai, um comerciante nos arredores da escola, ela conta que ouviu o barulho dos tiros pouco após entrar na sala de aula, mas achou que era uma bomba.

"Foi um barulho oco, parecia mais uma bomba", detalhou a estudante. Três pessoas foram baleadas no atentado e uma delas morreu. Todas as vítimas foram garotas — e uma delas estudava no mesmo ano que a filha do comerciante.

"Essa menina [que morreu] foi buscar água e foi pega, no corredor das salas. Na classe da minha filha eles escutaram o barulho e saíram correndo sem destino", detalha Erico, pai da estudante, em conversa com o UOL — o entrevistado pediu para ter o sobrenome omitido.

O comerciante conta que recebeu as mensagens sobre o ataque pouco depois de deixar a filha na escola, às 7h20.

A adolescente se abrigou na casa de uma amiga e não ficou ferida.

O que aconteceu?

O aluno de 16 anos atirou em três pessoas na Escola Estadual Sapopemba — uma delas morreu. As outras duas têm quadro estável e não correm risco de morte. As informações foram passadas pela PM ao UOL.

Todas as vítimas baleadas são mulheres. Elas foram encaminhadas ao pronto-socorro de Sapopemba.

Uma delas foi baleada na cabeça. Outra no tórax e a terceira, na clavícula.

Estudante da escola. O aluno detido pela polícia estava com uniforme da escola e estudava no primeiro ano do Ensino Médio.

A arma utilizada no crime foi apreendida. O suspeito detido pela polícia foi encaminhado ao 70º DP, segundo a PM.

O aluno usou um revólver calibre 38 do pai. O ataque está sendo investigado pelo 70º Distrito Policial (Vila Ema).

A arma era legalizada, de acordo com a Polícia Civil.

O suspeito já havia feito registro de ocorrência no dia 24 de abril. Ele disse ter sofrido agressões e ameaças de outros alunos.

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