Topo

Sindicato estima prejuízo de quase R$ 30 mi com veículos incendiados no Rio

Do UOL, em São Paulo

23/10/2023 18h50Atualizada em 23/10/2023 19h30

Os ao menos 35 ônibus incendiados no Rio geram um prejuízo de quase R$ 30 milhões ao setor, segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus da cidade.

O que aconteceu:

De acordo com Paulo Valente, porta-voz do Rio Ônibus, cada ônibus incendiado custa, em média, R$ 850 mil cada um para a reposição. A informação foi divulgada ao Brasil Urgente (TV Bandeirantes).

Ao todo, com os 35 incendiados até o momento, o prejuízo para as empresas chega a quase R$ 30 milhões (exatos R$ 29.750.000,00).

Valente destacou ainda que o prazo para a entrega de cada um dos ônibus após a compra chega a quase seis meses, o que também trará prejuízos "incalculáveis" à sociedade e às empresas.

As empresas também estão recolhendo os ônibus para as garagens com medo de mais depredações, anunciou o sindicato.

A zona oeste [do Rio] é a região em que mais pessoas moram e trabalham fora [da localidade], em sua maioria. E agora elas estão paradas aguardando como vão conseguir voltar para casa porque além dos ônibus queimados, as vias estão interditadas. Mesmo que se tivessem linhas de ônibus rodando, eles não conseguiriam passar para chegar nos bairros.
Paulo Valente, porta-voz do Rio Ônibus

Ônibus e trem incendiados

Ao menos 35 ônibus foram incendiados e diversas vias estão interditadas na zona oeste do Rio de Janeiro, segundo a Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus da cidade do Rio.

Foram incendiados 20 ônibus de operação municipal, cinco BRTs e os demais são veículos de turismo e fretamento. A mobilidade está comprometida em corredores como a Avenida Santa Cruz, Avenida Cesário de Melo e a Avenida das Américas.

Este é o maior número de ônibus queimados em um único dia na história do município do Rio, segundo informou o sindicato ao UOL.

O primeiro ônibus que pegou fogo estava na Rua Felipe Cardoso, na altura do BRT Cajueiros, em Santa Cruz, na zona oeste. A informação é do COR-Rio (Centro de Operações Rio), órgão da prefeitura que monitora a cidade por meio de câmeras.

Um trem da SuperVia foi incendiado na noite desta segunda-feira (23) após os ataques incendiários a ônibus no Rio. Todos os passageiros conseguiram desembarcar em segurança.

Ao menos 12 pessoas já foram presas por envolvimento nos incêndios, disse a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Morte de miliciano

O miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido pelos apelidos Teteu e Faustão, morreu Imagem: Reprodução

O miliciano que morreu foi identificado como Matheus da Silva Rezende, conhecido pelos apelidos Teteu e Faustão.

Matheus é sobrinho de Luis Antonio da Silva Braga, ou "Zinho", o primeiro homem da maior milícia do Rio, que atua na zona oeste. Zinho herdou o comando da organização após a morte do seu irmão, o Wellington da Silva Braga, o Ecko, em 2021.

Matheus foi morto hoje em suposta troca de tiros com a Polícia Civil durante uma operação na região de Três Pontes, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. A ação teve o apoio da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais; que é o grupo de eleite da Polícia Civil do estado), Polinter e unidades especializadas, informou o jornal O Globo.

"Teteu" é apontado em investigações, segundo o jornal, como o principal homem de guerra de Zinho na disputa de territórios contra os rivais. Ele seria o responsável por chefiar as rondas feitas pela milícia do tio dentro da zona oeste.

Na operação que Teteu morreu, uma criança de dez anos foi atingida de raspão na perna por uma bala perdida. Não há informações sobre o estado de saúde dela.

Matheus era considerado pela polícia como o segundo homem na atual hierarquia da maior milícia do Rio, comandada pelo seu tio.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Sindicato estima prejuízo de quase R$ 30 mi com veículos incendiados no Rio - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Cotidiano