Após dia de violência, Castro pede medidas de endurecimento contra o crime
Do UOL, em São Paulo
25/10/2023 16h37Atualizada em 25/10/2023 16h52
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse nesta quarta-feira (25) que enviou ao Legislativo um pacote de medidas para endurecer punições contra o tráfico e a milícia. O anúncio vem dois dias depois de dezenas de ônibus serem incendiados na capital fluminense, em retaliação à morte de um miliciano.
Cinco propostas
As mudanças sugeridas por Castro aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foram:
- Fim da progressão de pena para criminosos detidos com armas de guerra;
- Fim da progressão de pena para envolvidos em lavagem de dinheiro para organizações criminosas;
- Fim da progressão de pena para milicianos que atuem em serviços concessionários, como gás, água e luz, por exemplo;
- Tarifa social em áreas elegíveis, para que pessoas não precisem comprar água e luz, por exemplo, do tráfico ou da milícia;
- Criação de gabinetes estaduais contra a lavagem de dinheiro.
"Pauta do Brasil"
Para Castro, segurança pública deixou de ser uma pauta regional. O governador lembrou que as últimas investigações das polícias Federal e Civil no Rio de Janeiro levaram à prisão de criminosos de pelo menos 12 estados diferentes. "Isso mostra que a gente tem que avançar uma casa no combate à criminalidade", defendeu.
Organizações criminosas são "verdadeiras máfias", disse o governador. Segundo Castro, o combate contra o crime passa não só pela investigação, mas também pela "asfixia financeira" dessas organizações. Ele também defendeu maior proteção das fronteiras "para que armas e drogas não entrem [no país]".
Governo do Rio mantém contato com o governo federal. "Eu e o Ministério da Justiça e Segurança Pública temos dialogado quase que diariamente na busca por soluções", disse Castro.
Não é uma pauta simplesmente do Rio de Janeiro, é uma pauta do Brasil. Somente neste ano, tivemos crise em São Paulo, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, todos com um grau de semelhança grande. (...) Essas organizações já não são mais locais, são verdadeiras máfias que estão em vários estados diferentes.
Cláudio Castro (PL), governador do Rio