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PM que atuava contra milícias do Rio é morta em emboscada na frente de casa

Do UOL, em São Paulo

25/11/2023 08h59Atualizada em 25/11/2023 17h17

Uma policial militar que atuava em setor que investiga as milícias no Rio de Janeiro foi morta em uma emboscada ontem à noite, no Rio.

O que aconteceu

Vaneza Lobão, 31, foi morta com tiros de fuzil em frente de sua casa, em Santa Cruz, zona oeste da capital fluminense. O bairro é um dos principais redutos da organização criminosa liderada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que firmou neste ano uma aliança com o CV (Comando Vermelho), intensificando uma disputa sangrenta do crime organizado.

Homens encapuzados fugiram em um carro preto, de acordo com o relato de testemunhas. Vaneza atuava na 8ª DMPJ (Delegacia de Polícia Judiciária Militar), unidade ligada à Corregedoria da PM especializada em investigações de milicianos e contraventores.

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Em vídeo publicado em suas redes sociais, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que as investigações indicam que ela foi morta por sua atuação contra milicianos que atuam na Zona Oeste da cidade.

Há indícios que [os responsáveis] sejam milicianos que ela investigava. Determinei que a resposta seja rápida e dura Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro

O ministro Flávio Dino disse ter orientado que a Polícia Federal entre nas investigações do caso. O titular da pasta de Justiça e Segurança Pública lamentou o "terrível crime cometido contra a policial".

A PM do Rio de Janeiro emitiu uma nota de luto. Segundo a instituição, A cabo atuava como policial desde 2013.

A irmã de Vaneza Lobão definiu o crime como uma "covardia": "Covardia, revolta, é o que meu coração sangra. Daria a minha vida para você viver em meu lugar", completou Andreza Lobão.

Recompensa para ajuda nas investigações. O Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 5 mil por informações que ajudem a polícia a identificar e prender os suspeitos de terem cometido o crime. A Delegacia de Homicídios investiga o caso.

Policiais mortos no Rio

Desde o começo do ano, 52 agentes de segurança foram mortos no Rio. Desses, 46 são policiais militares. Os números são do Disque-Denúncia do estado.

A maior milícia do Rio, que atua na zona oeste da capital fluminense, está em uma guerra interna desde junho de 2021. No começo do ano, segundo a Polícia Civil, o grupo fez um acordo com o Comando Vermelho, o que levou o tráfico a se expandir para esta região da cidade.

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