Vai ter greve do Metrô SP e CPTM nesta terça (28/11)? Veja últimas notícias
A greve do Metrô e CPTM segue prevista para acontecer nesta terça-feira (28). A paralisação foi convocada tanto pelos metroviários e ferroviários quanto pelos profissionais da Sabesp e da Educação.
Qual é o motivo da greve do Metrô SP e CPTM?
Privatizações e terceirizações estão no alvo. Metroviários, ferroviários e outros representantes do funcionalismo público protestam contra as propostas do governo Tarcísio de desestatização de empresas públicas.
A razão foi confirmada por Camila Lisboa, presidente do sindicato dos Metroviários. "Tarcísio acelerou o processo de privatização. No Metrô e na Fundação Casa, através dos editais de terceirização, na Sabesp, com envio do PL que tramita em caráter de urgência na Alesp, e para Educação, impõe um corte de 10 bilhões", afirmou.
Camila ainda sublinhou que foi apresentada uma proposta de liberação das catracas, com funcionamento gratuito do transporte no dia da greve.
Em alternativa à greve, nós sugerimos a liberação das catracas, que já foi provado pela experiência do dia 5 e do dia 12 [datas do Enem] que pode acontecer sem nenhum problema de segurança.
Segundo a representante da categoria, as privatizações devem afetar serviços essenciais. Por isso, o corte de 5% no orçamento da Educação e o leilão da Linha 7-Rubi da CPTM, marcado para fevereiro de 2024, também estão na pauta de reivindicações.
Governo declara ponto facultativo no dia da greve
Todos os serviços públicos estaduais trabalharão com ponto facultativo. Segundo o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a decisão visa "reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados
A medida não vale para servidores da segurança pública e educação. Os serviços de restaurantes e postos móveis do Bom Prato também não serão afetados.
As consultas em unidades de saúde da capital e do estado terão seus reagendamentos garantidos, segundo o governo. O mesmo vale para postos do Poupatempo.
Tarcísio entrou na Justiça contra a greve
O governo de São Paulo ingressou com uma ação judicial contra a greve.
A administração estadual solicitou que todos os funcionários trabalhem em sua totalidade durante os horários de pico. Nos demais períodos do dia, o governo deseja que, no mínimo, 80% dos trabalhadores permaneçam em seus postos.
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) acatou o pedido e mandou que 80% dos funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp trabalhem durante o horário de pico na greve.
A gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) alega que a paralisação possui um "interesse político". "A pauta principal dos sindicatos não está ligada a causas trabalhistas", afirmou a gestão estadual, em nota.
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