Cármen Lúcia mantém prisão de padre suspeito de desviar R$ 140 mi na PB
Do UOL, em São Paulo
17/01/2024 19h16Atualizada em 17/01/2024 19h26
A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), manteve, na terça-feira (16), a prisão do padre Egídio de Carvalho Neto. Ele é suspeito de desviar cerca de R$ 140 milhões de entidades filantrópicas em João Pessoa (PB).
O que aconteceu
Cármen Lúcia negou pedido da defesa do padre para revogar decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A corte manteve a prisão preventiva decretada pelo TJ-PB (Tribunal de Justiça da Paraíba).
A defesa alegou que Egídio está afastado de suas funções. O padre também cita que os bens encontrados durante as investigações, dentre eles, imóveis, estão bloqueados.
A ministra não viu ilegalidade que justifique a revogação da medida. Carmén Lúcia ressaltou que, ao decretar a prisão, o desembargador do TJ-PB assinalou a gravidade concreta e as circunstâncias do caso.
O UOL tenta contato com a defesa do padre. Caso haja resposta, o texto será atualizado.
Relembre o caso
Em outubro do ano passado, o MP-PB (Ministério Público da Paraíba) coordenou força-tarefa contra o padre. Ele teria desviado recursos do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana, em João Pessoa (PB).
O padre Egídio de Carvalho Neto se entregou em novembro, no mesmo dia em que o TJ-PB expediu mandado de prisão contra ele.
Com o dinheiro, ele usufruiu e adquiriu diversos bens de luxo. Entre eles, estariam 29 imóveis de alto padrão em três estados.
Carros e cristais também estariam entre as aquisições. Até a faculdade de medicina do sobrinho, em São Paulo, com mensalidade de R$ 13 mil, teria sido paga com a verba.