Conteúdo publicado há 4 meses

Bolsonaro pede que apoiadores só participem de ato na Paulista: 'Por favor'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo a seus apoiadores em vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (16).

O que aconteceu

Bolsonaro pediu para que os seguidores só compareçam ao ato na Avenida Paulista, em São Paulo, marcado para o próximo dia 25: "Eu quero apelar. Não façam movimentos em outros municípios, nem de manhã, nem de tarde".

O ex-presidente disse que é "plenamente justificável" apoiadores não irem à manifestação se estiverem longe ou sem recursos.

Bolsonaro afirmou que o ato na Paulista será uma "grande fotografia". "Um momento ímpar para mostrar para o mundo - de verde e amarelo, sem faixa, sem cartaz - o que nós queremos, que é Deus, pátria e família".

Um ofício sobre a manifestação foi enviado à prefeitura de São Paulo pela entidade do pastor no último dia 10. Uma solicitação de policiamento para o ato foi encaminhada à Polícia Militar de São Paulo.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que o planejamento para a segurança do ato será feito na próxima semana. A prefeitura informou em nota que "não cabe a ela a liberação da manifestação", mas que, sendo mantida, "tomará as medidas necessárias para minimizar os impactos à população".

A previsão de público apontada pela entidade religiosa para o evento nomeado "Em favor da democracia" é de 300 mil manifestantes.

Operação da PF

A manifestação é organizada após a Polícia Federal deflagrar na última quinta-feira (8) a Operação Tempus Veritatis, cuja tradução no latim é "hora da verdade". A ação mira uma suposta organização criminosa que tentou dar golpe para manter Bolsonaro na Presidência.

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O ex-presidente foi um dos alvos da operação. Os agentes foram à casa do ex-presidente em Angra dos Reis (RJ) para recolher o passaporte dele. Como o documento não estava no local, foi dado o prazo de 24 horas para a entrega. O passaporte foi apreendido no início da tarde, em Brasília.

A operação ocorreu com base na delação do tenente-coronel Mauro Cid e em outras provas coletadas pela PF ao longo da investigação.

No dia seguinte à operação, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo de um vídeo apreendido. Na gravação, Bolsonaro diz, sem provas, que haveria um acordo secreto do Tribunal Superior Eleitoral que "estaria passando por cima da Constituição. "Eu vou entrar em campo usando o meu Exército, meus 23 ministros", diz.

*com informações do Estadão Conteúdo

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