Irmão de fugitivo da penitenciária federal de Mossoró é preso no AC, diz PF
Do UOL, em São Paulo
23/02/2024 17h19Atualizada em 23/02/2024 17h57
O irmão de um dos fugitivos da penitenciária federal de Mossoró (RN) foi preso na manhã desta sexta-feira (23) no Acre. As informações são da PF (Polícia Federal).
O que aconteceu
Homem estava com mandado de prisão em aberto. A prisão foi realizada pela FICCO/AC (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Acre), que é composta pelas polícias Civil, Federal, Militar e Rodoviária Federal.
Preso é condenado por roubo e participa de organização criminosa, informou a PF. Não foi divulgado se o homem teria envolvimento com a fuga de Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 35, que fugiram no último dia 14. O nome do preso e a identificação do foragido que ele é irmão não foram informados também.
Fuga em Mossoró ajudou a encontrar o homem. Segundo a PF, os policiais conseguiram encontrar o irmão de um dos foragidos em razão das investigações sobre a fuga no Rio Grande do Norte. "Uma vez que há várias forças de segurança envolvidas nas buscas, com trocas de informações, foi possível localizar o preso desta manhã", informou. A reportagem tenta contato com a PF para obter mais detalhes do caso.
Como o nome do homem não foi divulgado, a reportagem não conseguiu encontrá-lo para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
Fuga foi inédita em penitenciárias federais
Os detentos abriram um buraco no local em que estava instalada a luminária. O registro da imagem foi feito pela força-tarefa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os presos teriam tido acesso às ferramentas utilizadas na reforma da penitenciária. O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que havia operários dentro da penitenciária federal e ferramentas poderiam estar ao alcance dos detentos. Os equipamentos "não estavam acondicionados e trancados", disse o ministro.
Defeitos na construção do presídio também foram apontados. A saída pelo teto teria sido possível porque a construção é de alvenaria e não de concreto. "A proteção deveria ter sido mais eficiente", avaliou Lewandowski.
Os detentos se depararam com um tapume de metal na área da reforma. Para fugir, eles ultrapassaram a estrutura. Na sequência, utilizaram um alicate capaz de cortar arame para cortar as grades.
Câmeras e luzes não estavam funcionando adequadamente, disse ministro. Lewandowski disse ainda que a fuga "custou pouco" pelo fato de os presos terem utilizado as ferramentas que estavam no local.