Agentes da Força Nacional chegam a Mossoró (RN) para busca de foragidos
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Os primeiros agentes da Força Nacional que ajudarão nas buscas pelos dois detentos que fugiram da penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró (RN) chegaram hoje ao município.
O que aconteceu
Na madrugada de hoje, desembarcaram no município 58 homens em 15 viaturas. O Ministério da Justiça e Segurança Pública diz que a segunda parte do efetivo, formada por 42 agentes, deve chegar ainda nesta sexta-feira (23).
Grupo atuará por 30 dias em Mossoró, mas buscas não tem "prazo para serem finalizadas", diz Ministério. Ao todo, devem atuar 111 policiais e bombeiros militares disponibilizados pela pasta.
Buscam entram no 9º dia. Os detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento são acusados de participar de uma rebelião que deixou cinco presos mortos em uma unidade prisional do Acre, em 2023.
O trabalho de busca e captura será realizado em todo o território, que é composto por matas, zonas rurais e áreas de grutas. As estradas da região estão sendo monitoradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Trecho de comunicado do MJSP
Fuga foi inédita em penitenciárias federais
![Rogério da Silva Mendonça (esq) e Deibson Cabral Nascimento (dir) fugiram do presídio federal de Mossoró (RN) Rogério da Silva Mendonça (esq) e Deibson Cabral Nascimento (dir) fugiram do presídio federal de Mossoró (RN)](https://conteudo.imguol.com.br/76/2024/02/16/rogerio-da-silva-mendonca-esq-e-deibson-cabral-nascimento-dir-fugiram-do-presidio-federal-de-mossoro-rn-1708077001891_v2_750x1.jpg)
Os detentos abriram um buraco no local em que estava instalada a luminária. O registro da imagem foi feito pela força-tarefa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os presos teriam tido acesso às ferramentas utilizadas na reforma da penitenciária. O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que havia operários dentro da penitenciária federal e ferramentas poderiam estar ao alcance dos detentos. Os equipamentos "não estavam acondicionados e trancados", disse o ministro.
Defeitos na construção do presídio também foram apontados. A saída pelo teto teria sido possível porque a construção é de alvenaria e não de concreto. "A proteção deveria ter sido mais eficiente", avaliou Lewandowski.
Os detentos se depararam com um tapume de metal na área da reforma. Para fugir, eles ultrapassaram a estrutura. Na sequência, utilizaram um alicate capaz de cortar arame para cortar as grades.
Câmeras e luzes não estavam funcionando adequadamente, disse ministro. Lewandowski disse ainda que a fuga "custou pouco" pelo fato de os presos terem utilizado as ferramentas que estavam no local.
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