Quadrilha do Ozempic: como agia o grupo que roubou R$ 1,2 mi de farmácias
Do UOL, em São Paulo*
19/03/2024 12h21
Uma quadrilha roubou ao menos R$ 1,2 milhão em medicamentos de alto custo de farmácias da capital paulista.
Cinco suspeitos foram presos no sábado (16) em uma casa de Guarulhos, na Grande São Paulo, onde o grupo guardava as caixas de medicamentos.
Como a quadrilha agia?
O grupo praticava assaltos com o auxílio de uma arma calibre 32. Além dos remédios, eles também roubavam bens que ajudavam a manter os ataques, como motos e carros.
Eles foram responsáveis por ao menos 20 ocorrências e tinham preferência por farmácias da Mooca, na zona leste, além de Moema, Saúde e Jabaquara, na zona sul. Eles também evitaram estabelecimentos instalados nos extremos da cidade.
Quatro pessoas participavam dos assaltos: uma deles dirigindo e outros três entrando na farmácia para roubar a mercadoria. A investigação do esquema começou no início de março, depois que dois homens foram presos por participação no esquema.
As informações, obtidas a partir das duas prisões, abriram novas frentes de apuração. No curso de diligências de campo foi possível identificar o esconderijo utilizado pelo grupo."
disse a Polícia Civil, em nota
Vítimas identificaram presos como responsáveis por assalto. Em sua última ação, na sexta (15), o grupo atacou uma farmácia no Morumbi.
O grupo roubava Ozempic e Saxenda, que auxiliam no emagrecimento, e o Venvanse, prescrito para pacientes diagnosticados com TDAH. O Ozempic, disponível sem receita por até R$ 1 mil nas farmácias, era vendido ilegalmente por R$ 800.
Os medicamentos que exigem receita médica na compra, sofriam uma inflação. O Venvase, por exemplo, saía por R$ 700, em vez de R$ 400.
Um celular roubado pelo grupo durante o ataque a uma farmácia da Lapa, uma moto e dois carros foram apreendidos pela Polícia Civil.
A casa em que eles se escondiam era de difícil acesso, rodeada por uma mata densa e muros altos. Foram presos quatro suspeitos e um homem que faria o serviço de segurança da quadrilha.
* Com informações de Estadão Conteúdo