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Ataque com granada e influente no Carnaval: quem é bicheiro Rogério Andrade

O contraventor Rogério de Andrade Imagem: André Lobo/UOL

Do UOL, em São Paulo

21/03/2024 04h00Atualizada em 22/03/2024 10h33

Policiais supostamente ligados à segurança do bicheiro Rogério Andrade foram alvo de uma operação realizada pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e a Corregedoria da Polícia Militar na quarta-feira. Dezesseis agentes foram presos, segundo a Folha de S.Paulo.

Rogério Andrade é sobrinho e herdeiro de Castor de Andrade, um dos bicheiros mais famosos do Rio e com longa história no Carnaval.

Quem é Rogério Andrade

Rogério assumiu os negócios do tio após a morte dele, em 1997. Ele era o braço direito de Castor e dividiu o espólio com Paulo Roberto de Andrade, filho do bicheiro, e Fernando Iggnácio, que era casado com Carmen Lúcia, filha de Castor.

O tio era muito ligado ao Carnaval carioca. Castor era um grande investidor da Mocidade Independente de Padre Miguel, desde os anos 1970. Ele, junto com a cúpula do jogo do bicho, foi um dos criadores da Liesa, a liga das escolas de samba do Rio. Assim, Rogério também herdou as funções do tio na escola e se tornou patrono. Sua presença nos desfiles é frequente.

Fabíola de Oliveira e Rogério de Andrade Imagem: Reprodução/Instagram

Fabíola, rainha da bateria da Mocidade, está com Rogério há dez anos. Eles têm dois filhos juntos. Fabíola já ocupou o cargo de musa da Mocidade em 2016 e é presença frequente nos desfiles e ensaios da agremiação.

Após a morte do tio, ele foi acusado de matar os demais herdeiros do espólio. Paulo Roberto foi assassinado no ano seguinte. Rogério chegou a ser apontado como mandante, mas foi absolvido posteriormente. Assim como Paulo, Iggnácio também foi assassinado. Rogério mais uma vez foi ligado à morte, mas a ação penal foi encerrada pelo STF.

Com a morte de Castor, os contraventores passaram a travar uma sangrenta disputa pelo controle do jogo do bicho. Segundo investigações da Polícia Federal, mais de 50 assassinatos até 2007 são atribuídos à guerra da contravenção.

Ele foi vítima de um atentado com granada. Em 2010, granadas foram instaladas dentro de seu carro. Seu filho Diogo morreu, mas Rogério sobreviveu, passando apenas por cirurgias no rosto. No documentário "Vale o Escrito", Rogério é descrito como "senhor do crime", por Bernardo Bello, ex-marido de Tamara Garcia, que faz parte de outra família importante no jogo do bicho carioca.

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