Baleado em sequestro no Rio sai de ventilação mecânica, mas segue no CTI
Colaboração para o UOL, em São Paulo
22/03/2024 13h17Atualizada em 22/03/2024 13h17
O petroleiro Bruno Lima da Costa Soares, que foi baleado durante sequestro a um ônibus na Rodoviária Novo Rio, foi retirado da ventilação mecânica após apresentar melhora e não precisa mais da ajuda de aparelhos para respirar.
O que aconteceu
Bruno permanece internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva). Em nota, o Hospital Samaritano Botafogo informou que o petroleiro apresentou melhora clínica, mas que seu estado de saúde ainda demanda acompanhamento do pós-operatório das cirurgias realizadas.
Relacionadas
O servidor da Petrobrás foi atingido no peito, no pulmão e próximo ao coração e foi submetido a procedimentos cirúrgicos. Bruno teria sido baleado pelo sequestrador, Paulo Sérgio de Lima, após tentar correr no momento do sequestro e ser confundido com policial à paisana.
Bala retiada do tórax. Na semana passada, o projétil que estava alojado próximo ao coração de Bruno foi removido. Ele também teve o baço retirado.
MPRJ denuncia sequestrador
Paulo Sérgio de Lima foi denunciado por duas tentativas de homicídio, cárcere privado e disparo de arma de fogo em via pública. Ele está preso desde o dia 12 de março, quando realizou o sequestro. A Promotoria requereu que o denunciado seja submetido ao julgamento pelo Tribunal Popular.
Sequestrador atirou contra vítimas, pois acreditava que eram policiais à paisana que estavam no coletivo para prendê-lo. Consta na denúncia que, em seguida, impediu que os outros 15 passageiros, entre eles uma criança de dois anos, saíssem do ônibus.
Ele ainda usou uma das vítimas como "escudo humano". A denúncia também relata que Paulo Sérgio disparou arma de fogo em via pública, colocando em risco a vida das pessoas que transitavam pela Rodoviária Novo Rio.
Sequestrador tentava fugir do Rio após briga com facção
O sequestrador tentava fugir do estado. Segundo a Polícia Militar, ele fugia de "desavenças com facção criminosa". Sequestrador "seria integrante do crime organizado". Em nota, a corporação informou que homem era "oriundo da Comunidade da Rocinha" e teria "participado inclusive de disputas territoriais na zona oeste da Cidade do Rio".
Outra pessoa foi ferida. Além de Bruno Soares, outro passageiro foi atingido por estilhaços e teria sido atendido em ambulatório no próprio terminal. Os dois estavam fora do veículo.
Dezesseis pessoas foram feitas reféns pelo homem armado, entre elas, havia uma criança e seis idosos. Inicialmente, a PM divulgou que eram 17 reféns, mas corrigiu a informação. O sequestrador manteve as vítimas no ônibus das 15h, aproximadamente, às 18h.
O sequestrador se entregou à PM. "Todos os reféns foram libertados, estão seguros, passam por um atendimento prévio, com bombeiros, para verificar as condições psicológicas e outras coisas mais", disse o porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Marco Andrade.
Homem tinha passagem na polícia por roubo. "Ele havia sido preso em 2019 e saído do sistema penitenciário em março de 2022", segundo a Polícia Militar.