Conteúdo publicado há 7 meses

Baleado em sequestro no Rio passa por cirurgia e bala é retirada do corpo

O projétil que estava alojado próximo ao coração de Bruno Lima da Costa, baleado durante sequestro a ônibus no Rio de Janeiro na terça-feira (12), foi retirado durante um novo procedimento cirúrgico.

O que aconteceu

Cirurgia foi realizada na tarde de quinta-feira (14). O funcionário da Petrobras foi baleado três vezes durante um sequestro na Rodoviária Novo Rio. Os disparos atingiram a região do tórax e do abdômen.

O estado de saúde de Bruno permanece grave. O novo boletim médico foi divulgado nesta sexta-feira (15), às 14h50. Em nota, o Hospital Samaritano Botafogo informou que ele segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Bruno sofreu perfurações no coração e pulmão. Ele também teve o baço retirado. Inicialmente, o servidor foi socorrido para o Hospital Souza Aguiar, onde passou por duas cirurgias. Depois, ele foi transferido para o Instituto Nacional de Cardiologia para atendimento especializado. Por fim, na quarta-feira (13), deu entrada no Hospital Samaritano Botafogo.

Bruno foi 1º colocado entre cotistas da Petrobras

Bruno estava a caminho de Juiz de Fora (MG), sua cidade natal, que fica a 265 km de Belo Horizonte. O UOL conversou com amigos de Bruno, que estão muito abalados com o caso e preferiram não se identificar. Eles disseram que Bruno está realizando o sonho de trabalhar na Petrobras.

Ele é um rapaz avesso a redes sociais, segundo os amigos. Ele é solteiro e não tem filhos. Entre os colegas é conhecido como Black.

O mineiro foi aprovado em um concurso na estatal em 2023 para o cargo de operador de lastro. Ele deveria trabalhar nas operações de manutenção e controle da estabilidade de unidades marítimas de produção de petróleo e gás, segundo a descrição do cargo. Bruno foi o primeiro entre os cotistas para vaga destinada a negros.

Há três meses ele começou a fazer o curso de formação. Sempre que há folgas, Bruno retorna para Juiz de Fora.

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Sequestrador tentava fugir do Rio após briga com facção

O sequestrador foi identificado como Paulo Sérgio Lima. O homem tentava fugir do estado após "desavenças com facção criminosa", segundo a Polícia Militar do Rio.

Sequestrador achou que Bruno Lima da Costa Soares era policial. Segundo o porta-voz da PM, o criminoso, que pegou o ônibus para fugir do Rio de Janeiro com destino a Juiz de Fora, imaginou que um dos passageiros que estava para embarcar no ônibus seria um policial e, por isso, atirou.

Outra pessoa foi ferida. Além de Soares, outro passageiro foi atingido por estilhaços e teria sido atendido em ambulatório no próprio terminal. Os dois estavam fora do veículo.

Dezesseis pessoas foram feitas reféns pelo homem armado, entre elas, havia uma criança e seis idosos, segundo a Polícia Militar. Inicialmente, a corporação divulgou que eram 17 reféns, mas corrigiu a informação. O sequestrador manteve as vítimas no ônibus das 15h, aproximadamente, às 18h.

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O sequestrador se entregou à Polícia Militar e está preso. "Todos os reféns foram libertados, estão seguros, passam por um atendimento prévio, com bombeiros, para verificar as condições psicológicas e outras coisas mais", disse o porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Marco Andrade.

Sequestrador "seria integrante do crime organizado", segundo a PM. Em nota, a corporação informou que homem era "oriundo da Comunidade da Rocinha" e teria "participado inclusive de disputas territoriais na zona oeste da Cidade do Rio".

Homem tinha passagem na polícia por roubo. "Ele havia sido preso em 2019 e saído do sistema penitenciário em março de 2022", segundo a Polícia Militar.

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