Delegado: É fato que há crime, independente da hora em que idoso morreu
Colaboração para o UOL, em São Paulo
18/04/2024 18h30Atualizada em 18/04/2024 19h30
Para o delegado Fabio Souza, responsável pelo caso do idoso morto levado à agência bancária no Rio, é fato que há crime, independente da hora que o homem morreu. A declaração foi dada durante entrevista no UOL News desta quinta (18).
A prisão dela [Erika de Souza Vieira Nunes, mulher que levou idoso ao banco] é importante para a gente continuar a investigação sem qualquer tipo de embaraço. É fato que ela cometeu crime, isso não há dúvidas. Não importa a hora em que a morte ocorreu. Fabio Souza, delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro
Se a morte ocorreu um minuto antes dela ir lá e tentar tirar o dinheiro, e ela sabia disso. Isso ela sabia porque a gente consegue ver pelo vídeo que o senhor Paulo está morto, isso é claro. E mesmo assim ela tenta tirar dinheiro e fica simulando que ele está vivo, isso já configura crime. Fabio Souza, delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro
O delegado explica que saber o tempo exato que o idoso Paulo Roberto Braga estava morto vai servir apenas para contextualizar a intenção de Erika de Souza Vieira Nunes, mulher que levou Paulo ao banco.
O tempo que ele estava morto somente serve para a gente formar um contexto todo da intenção dela de quanto tempo ela vinha pensando nisso. Fabio Souza, delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro
O que se sabe
O que diz a defesa de Erika? A mulher que levou o idoso ao banco possui laudos para atestar que tem problemas psiquiátricos, disse a advogada Ana Carla de Souza em entrevista ao UOL News. "São situações que transitam entre um abalo psicológico e uma questão de medicamentos controlados no campo psiquiátrico", disse a defensora.
Quem viu o idoso ainda vivo antes de ser levado ao banco? Ao menos duas pessoas interagiram com Paulo Roberto Braga, 68, antes do trajeto até o banco. Um motorista de aplicativo prestou depoimento ontem dizendo ter levado o idoso em uma viagem no banco traseiro do veículo. "Ele chegou a segurar na porta do carro", disse. Uma outra pessoa relatou ter ajudado a retirar Paulo da cama para levá-lo ao veículo. "Ele ainda respirava e tinha força nas mãos", disse. A Polícia Civil agora está atrás de outras testemunhas.
Como foi a interação das duas filhas de Erika com Paulo? Elas foram citadas no depoimento do motorista do aplicativo. Segundo ele, uma das meninas ajudou a levar Paulo da cama para o veículo, segurando-o pelas pernas. "Erika ainda chamou as duas filhas para irem com ela, mas nenhuma delas quis acompanhar a mãe", disse o motorista de app.
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