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Lula, Lira e Pacheco sobrevoam Porto Alegre, e Leite pede união por vítimas

Do UOL, em São Paulo*

05/05/2024 15h48Atualizada em 05/05/2024 16h41

O presidente Lula sobrevoou de helicóptero regiões atingidas pelas enchentes em Porto Alegre na manhã deste domingo (5). Ele estava acompanhado dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de outras autoridades. Mais tarde, o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), recebeu a comitiva e pediu "união" dos poderes pelas vítimas das chuvas no estado.

O que aconteceu

Depois de sobrevoarem de helicóptero áreas atingidas pelas enchentes na capital gaúcha, na manhã deste domingo, Lula, Lira, Pacheco e outras autoridades federais participaram de uma entrevista coletiva ao lado de Leite.

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O governador do estado citou o slogan do governo federal, "união e reconstrução". Leite afirmou que conta com a ajuda de Lula e dos seus ministros no trabalho de recuperação do que chamou de "maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul".

"O senhor colocou como lema do seu governo 'união e reconstrução'. O Brasil já precisava de união antes, a reconstrução do país já era necessária, mas agora é concreta, é material". Eduardo Leite, durante coletiva de imprensa neste domingo (5).

"Não é hora de procurar culpados", disse Eduardo Leite. No início da coletiva, o governador se dirigiu à plateia do encontro, composta por parlamentares adversários políticos, e afirmou que "não é hora de procurar culpados" pela catástrofe no estado.

O governador destacou que "não é hora de transferir responsabilidades". "Preciso fazer um pedido aqui, já que estou vendo muitos parlamentares de partidos diferentes. Não é hora de procurar culpados, não é hora de transferir responsabilidades. A gente vai ter que trabalhar à altura do que o momento histórico nos exige", disse Leite.

Leite fez um longo relato sobre o "cenário de guerra" encontrado em regiões atingidas pelas chuvas. Os temporais já deixaram ao menos 75 mortos, 103 desaparecidos e 322 municípios afetados. "E como um cenário de guerra, vai ter que ter o tratamento do pós-guerra", completou ele.

O governador reforçou um pedido de um 'Plano Marshall brasileiro' para a catástrofe no estado. Ele reconheceu a prioridade de resgatar pessoas que ainda estão ilhadas e distribuir donativos, mas afirmou que a tragédia causada pela chuva vai exigir medidas extraordinárias de reconstrução das regiões gaúchas atingidas.

Ao final da coletiva, Leite criticou o limite de gastos imposto aos Estados: "Se colocar R$ 10 bilhões na nossa conta eu só posso gastar o limite do ano passado mais a inflação do período, eu não consigo fazer a despesa, vamos ter que trabalhar nessa lógica".

Em resposta, Lula falou sobre ajuda ao estado. "Eu sei que o estado do Rio Grande do Sul tem uma situação financeira difícil. E eu sei que tem muitas estradas que estão com problema. Então, eu quero lhe dizer que não fique preocupado que o governo federal, através do Ministério do Transporte, vai ajudar a você a recuperar as estradas", disse o petista ao governador.

Primeira-dama também fala em 'união e reconstrução'

Presente na comitiva, a primeira-dama, Janja, também falou em 'união e reconstrução'. "É um momento de muita união e reconstrução, que é isso que o Rio Grande do Sul está precisando. Da união de todos os brasileiros e ajudar a reconstruir o Rio Grande do Sul, esse estado valoroso", explicou.

Além dos presidentes da Câmara e do Senado e da primeira-dama, fazem parte da comitiva o comandante do Exército, general Tomás Paiva, 13 ministros do governo e os Ministros do STF e do TCU, Edson Fachin e Bruno Dantas, respectivamente.

A viagem das autoridades acontece três dias depois da última visita de Lula, diante do agravamento da situação das enchentes no estado. De acordo com boletim da Defesa Civil divulgado no início da tarde deste domingo, ao menos 334 municípios sofrem as consequências das chuvas, com 16.609 pessoas em abrigos e 88.109 desalojados. A estimativa da Defesa Civil é de que pelo menos 780.725 pessoas no estado foram afetadas pelas enchentes.

*Com reportagens publicadas em 05/05 e 05/05.

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