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Prefeito de Canoas pede doações a afetados pelas chuvas: 'Estão com fome'

8.mai.2024 - Ruas do bairro Mathias Velho na cidade de Canoas. Previsão é de que água demore até dois meses para baixar Imagem: Wesley Santos

Do UOL, em São Paulo

10/05/2024 09h13

O prefeito de Canoas (RS) afirmou que a cidade, uma das mais afetadas pelas chuvas na região, precisa de doações de alimentos e cobertores para auxiliar desabrigados e desalojados.

O que aconteceu

Comida será destinada a abrigos e às famílias que não perderam casa, mas recebem parentes desabrigados. Em algumas residências não afetadas pelas chuvas, o número de pessoas quadruplicou, informou Jairo Jorge (PSD). Ele falou sobre o assunto nesta sexta-feira (10) ao canal Globonews.

Prefeito também pediu cobertores. Ele afirmou que as temperaturas vão baixar severamente na região e que não há cobertas suficientes para desabrigados. Uma mudança brusca de temperatura deve ser registrada na segunda-feira (13), quando as mínimas vão se aproximar dos 9ºC, segundo o Climatempo.

Água levará até dois meses para baixar na região. Isso ocorre porque algumas comportas da cidade, que foram ultrapassadas pela inundação, diminuem a velocidade da evasão da água.

Sete pessoas morreram até o momento por causa das chuvas em Canoas. Somente uma delas, Marlene Murlik, foi identificada. A informação é do boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã da sexta-feira (9).

Município de 348 mil habitantes tem 155 mil afetados pela chuva. Segundo o prefeito, 50 mil casas foram danificadas, 21 mil pessoas estão alocadas em centros de abrigamento e outras 90 mil estão em casas de amigos ou parentes.

Hoje a nossa demanda é por cestas básicas. Estamos precisando urgente. As pessoas estão com fome. O que acontece? Metade da cidade evacuou, saiu dali e foi para o outro lado da cidade. Então uma pessoa que tinha cinco integrantes na família hoje tem 20, tem 15. Não tem despensa para isso.
Jairo Jorge, prefeito de Canoas (RS), à Globonews

Chuvas deixaram mais de 100 mortos no Rio Grande do Sul

Há 116 óbitos e 756 feridos no estado, segundo a Defesa Civil. O órgão ainda investiga se uma morte registrada durante o período das chuvas tem relação com as enchentes.

Desalojados e desabrigados somam mais de 400 mil. Há 337.346 pessoas fora de casa e outras 70.772 em abrigos, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil às 12h desta sexta-feira (10).

Dos 497 municípios do estado, 437 foram afetados pelas chuvas, que atingem 1,9 milhão de pessoas. Há pelo menos 163 mil casas sem energia elétrica e outras 385 mil pessoas sem água em casa.

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