Transplantes começam a ser retomados no RS com ajuda de helicópteros
O transplante de órgãos no Rio Grande do Sul começa a ser retomado após a Central Estadual de Transplantes conseguir restabelecer a rede de comunicação com hospitais e contar com a ajuda de helicópteros, como os emprestados por outros estados.
O que aconteceu
Uso dos helicópteros permite que as equipes médicas cheguem a locais mais afetados pelas chuvas, explica ao UOL Sandra Coccaro, coordenadora da central dos transplantes. Aeronaves maiores, utilizadas antes das chuvas, necessitam de pistas de pouso, o que dificulta o trabalho.
Transplantes estavam suspensos desde o início das enchentes, no final de abril. Até então, os únicos transplantes realizados haviam sido de 30 córneas que já estavam no estoque da central quando o desastre começou.
Ofício sobre retomada foi divulgado pela Central Estadual de Transplantes na quarta-feira (15). O documento foi enviado aos chefes de equipes de transplantes, OPOS (Organizações de Procura de Órgãos), OPOS Cirúrgicas e Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.
Sandra explica que cada caso de captação do órgão e posterior doação será analisado individualmente. "Antes de fazer a captação, todo o trabalho, a gente tem que fazer um estudo da região, condições climáticas, analisar se teremos acesso. Estamos voltando paulatinamente", ressalta.
Coordenadora da central de transplantes afirma que nenhum órgão foi perdido, já que apenas córneas estavam em estoque. Porém, pessoas que estavam internadas e morreram durante a suspensão do serviço não puderam ser analisadas para possível doação.
Captação e doação de órgãos fora do estado continuam suspensas, diz Sandra. A equipe da central de transplantes do RS vai atuar para os casos que envolvam deslocamento no próprio estado. "A gente está retomando aos poucos, trabalhando com médicos, enfermeiros, colegas à distância. O acesso tem que ser feito com cuidado e diariamente avaliado, por questões de segurança".
No momento, a lista de espera de órgãos no RS está assim: 12 receptores de coração, 1.246 para córneas, 158 de fígado, 66 para pulmão e 1.222 de rim.
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