Conteúdo publicado há 24 dias

Imagens em 3D serão usadas em caso da morte de esposa de fisiculturista

A Polícia Técnico Científica de Goiás vai usar imagens em 3D para auxiliar nas investigações da morte de Marcela Luise de Souza. O marido dela, o fisiculturista Igor Porto, é suspeito de ter espancado a esposa.

O que aconteceu

Imagens em 3D serão usadas para confrontar a versão apresentada à polícia por Igor, que alegou que Marcela teria caído. De acordo com a Polícia Civil, as imagens, que deverão ficar prontas até a próxima semana, vão ajudar a determinar as lesões e fraturas no corpo da vítima, como a localização, dimensão e profundidade. Os investigadores dizem que as lesões não condizem com uma queda, como alega o marido.

Polícia Técnico Científica produziu as imagens em um aparelho de tomografia, após a confirmação da morte da vítima — Marcela morreu na terça-feira (21), após passar dez dias internada. O corpo já foi liberado para sepultamento.

Mãe disse que pediu a Igor para cuidar da filha

Maria Aparecida Souza Freitas, mãe de Marcela, contou que foi Igor quem telefonou para avisar que sua filha havia sido internada. "Ele falou: 'Cida, vem para Goiânia porque a Marcela machucou'", explicou a mãe da vítima em entrevista à imprensa.

Maria Aparecida explicou que ficou nervosa e apontou o fisiculturista o responsável. "Eu fiquei nervosa primeiro porque o telefonema [foi] dele, ele não é de me ligar, quando ele falou que ela tinha caído, desliguei o telefone, abracei meu esposo e falei 'foi ele'".

A mãe de Marcela também contou que chegou a abraçar Igor e pediu a ele que cuidasse de sua filha. "Ele estava sentado no batente da casa, eu sentei ao lado dele, abracei esse homem e pedi para ele cuidar da minha filha".

Entenda o caso

Marcela teve oito costelas quebradas, clavícula fraturada e traumatismo craniano. O hospital acionou a polícia após desconfiar da versão do suspeito, que alegou que ela "caiu da própria altura" dentro de casa.

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Histórico de violência. Segundo a Polícia Civil, o homem, que está preso, já respondeu por vários processos envolvendo violência doméstica contra a ex-namorada e também contra a atual esposa.

Nas redes sociais, ele se apresentava como nutricionista e coach fitness. O perfil dele, com mais de 12 mil seguidores, foi fechado no último domingo (19).

O UOL buscou a defesa do suspeito pelos contatos divulgados por ele nas redes sociais e aguarda retorno sobre o assunto. Em nota publicada nas redes sociais, duas empresas elencadas pelo homem como "parceiras" repudiaram a violência e afirmaram que ele foi desvinculado do quadro de colaboradores.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

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Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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