Conteúdo publicado há 25 dias

Funcionário de pronto-socorro é agredido por cunhado de vereador em SP

Um funcionário do Pronto-Socorro Central de São Vicente (SP) foi agredido na segunda (27) após tentar impedir a entrada da equipe do vereador Tiago Peretto (União Brasil).

O que aconteceu

Agressor foi identificado como Rafael, cunhado de Tiago. Imagens mostram quando eles se aproximam de um local com acesso restrito. Rafael estava filmando a entrada do político na unidade de saúde.

Funcionário do pronto-socorro municipal quis impedir a gravação. Arnaldo Blume Filho liberou a passagem para Tiago após ele empurrar o portão e acenar para que a equipe o acompanhasse, dizendo: "Não fecha o portão para cima de mim, não" e "chama a polícia".

Rafael tenta entrar com o celular na mão, mas Arnaldo derruba o aparelho. Ele se irrita e dá dois socos na vítima, que cai no chão.

Arnaldo foi socorrido e passou por uma sutura na boca. A Prefeitura de São Vicente também informou que vai discutir com o sindicato a criação de uma nova portaria, "mais restrita à entrada de qualquer pessoa estranha aos ambientes de saúde, a fim de proteger trabalhadores e pacientes".

Em live, o vereador Tiago Peretto diz que repudia a agressão e que Rafael foi desligado. "Queria pedir desculpas ao funcionário, em nome do meu cunhado Rafael. A gente não pode admitir nem achar bacana [a agressão]".

Não é uma ação de um CPF que não é meu que vai descredibilizar a minha imagem. Não fui eu que agredi. Sou responsável sim, tomei as medidas que couberam a mim, que foi desligar, dar uma dura e me comprometer com o cara que foi agredido.
Vereador Tiago Peretto

Tiago diz que foi até o PS após ser chamado por uma munícipe que não conseguiu atendimento. A prefeitura diz que a fiscalização in loco de vereadores só é liberada com a presença de um responsável, "o que não ocorreu".

Um boletim de ocorrência foi registrado. O caso será investigado como lesão corporal pelo 1º DP de São Vicente. "Foi solicitado exame de corpo de delito para a vítima, que foi orientado quanto ao prazo para oferecer a representação criminal, necessário de acordo com a lei, por se tratar de crime de ação penal condicionada", informou a Secretaria de Segurança Pública.

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