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Pipito, apontado como chefe de milícia no Rio, é morto em ação da polícia

Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito Imagem: Reprodução/Polícia Civil

Do UOL, em São Paulo

07/06/2024 20h55Atualizada em 07/06/2024 21h20

Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, apontado como chefe da maior milícia da zona oeste do Rio, morreu após ser baleado em ação da polícia nesta sexta-feira (7). Ele é apontado como o sucessor, na milícia, de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, que foi preso em dezembro de 2023.

O que aconteceu

Pipito foi encontrado na Favela do Rodo, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. A ação foi coordenada por policiais civis da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), com apoio da Subsecretaria de Inteligência.

Homem morreu após suposta troca de tiros com os agentes. Segundo a Polícia Civil, Pipito teria atacado os policiais, que revidaram. O suspeito foi baleado e levado a um hospital da região, mas não resistiu e morreu.

A corporação não divulgou onde o suspeito teria sido atingido pelos disparos. No entanto, imagens que circulam nas redes sociais mostram Pipito sendo retirado de uma caminhonete por policiais e colocado em uma maca da unidade de saúde. O homem está desacordado, sem algemas, não mostra qualquer reação e é possível observar vários ferimentos no corpo — um deles, pouco abaixo do peito.

Outros dois milicianos ficaram feridos e precisaram ser socorridos, informou a Polícia Civil. Eles trabalhavam como seguranças de Pipito, estavam armados e participaram do confronto, acrescentou a corporação. Ambos foram presos e contra um deles havia um mandado de prisão em aberto.

Governador diz que Polícia Civil deu mais um "duro golpe" contra criminosos. "O recado está dado: vamos continuar combatendo o crime de maneira implacável, seja milícia, tráfico ou qualquer grupo mafioso", escreveu Cláudio Castro. Já o secretário de Estado de Polícia Civil, o delegado Marcus Amim, afirmou que a ação demonstra que o Estado é quem manda no Rio de Janeiro. "Qualquer criminoso que tente dominar territórios e subjugar a população será alvo da Polícia Civil", acrescentou Amim.

Quem era Pipito?

Antes de chegar à chefia do grupo, Pipito era o número dois da maior organização miliciana do estado do Rio de Janeiro. É a "Família Braga" ou "Bonde do Zinho", então chefiada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, segundo a Polícia Civil.

Pipito era suspeito de ter coordenado os ataques aos 35 ônibus na zona oeste do Rio em outubro de 2023. A ação seria uma retaliação à morte de Faustão, sobrinho de Zinho e então número dois na organização, durante uma suposta troca de tiros com a Polícia Civil, durante uma operação na região de Três Pontes, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio.

Ele já foi um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko, tio de Faustão e irmão de Zinho, líder da milícia conhecida como "Bonde do Ecko". Pipito chegou a ser preso em 2018 com duas pistolas em casa, mas acabou solto em 2020 por uma decisão judicial que permitiu sua saída temporária.

O miliciano tinha quatro mandados de prisão em aberto, pendentes de cumprimentos. A informação consta no portal do BNMP (Banco Nacional de Monitoramento de Prisões), do Conselho Nacional de Justiça.

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