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Veículos que caíram em rio não vazaram ácido ou agrotóxicos; ainda há risco

Buscas no rio Tocantins após desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) Imagem: Luiz Henrique Machado - 25.dez.2024/Governo do Tocantins

Do UOL, em São Paulo

27/12/2024 22h27Atualizada em 27/12/2024 22h38

Uma análise feita na água indicou que não houve o vazamento de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas no rio Tocantins após o colapso de uma ponte que liga entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), no domingo (22). Veículos que caíram no rio levavam as substâncias. Dez pessoas morreram e outras sete estão desaparecidas.

O que aconteceu

Resultado foi divulgado nesta sexta-feira (27) pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). O material foi coletado na terça-feira (24) e analisado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

Os dados indicaram que até o dia 24, data da coleta, não havia ocorrido vazamento das substâncias químicas em quatro pontos monitorados. "Não foram detectadas alterações na temperatura da água, no pH (que indica sua acidez) e na condutividade elétrica da água nos quatro pontos", apontou a Secretaria de Comunicação Social do governo Lula em nota. As análises da Cetesb indicaram resultados próximos aos da Embrapa.

Substâncias acetomiprido (inseticida) e picloram (herbicida) também não foram detectadas no material coletado. Uma substância herbicida foi encontrada no ponto de coleta de Porto Franco (MA), com uma concentração de 0,2 microgramas por litro, todavia, o valor é 150 vezes abaixo do máximo permitido por uma portaria do Ministério da Saúde. "Essa concentração [da substância] 2,4-D é considerada normal em rios que atravessam áreas agrícolas, como o rio Tocantins."

Apesar dos resultados, o risco de vazamento ainda é possível visto que os materiais continuam submersos no rio. "(...) Há o risco de eventual rompimento dos recipientes de defensivos agrícolas e a contaminação da água, o que pode acarretar impactos para o meio ambiente, usos múltiplos da água e abastecimento público de comunidades ribeirinhas e cidades ao longo do rio abaixo do ponto do acidente."

Secretaria apontou que o monitoramento do rio continuará sendo realizado diariamente. "Os resultados serão divulgados com a maior agilidade possível", concluiu.

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