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CEO da Esportes da Sorte e esposa se entregam à polícia de Pernambuco

O CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, e a esposa dele, Maria Eduarda Quinto Filizola, se entregaram à Polícia Civil de Pernambuco na manhã desta quinta-feira (5). Eles eram alvo na mesma operação que prendeu a influenciadora Deolane Bezerra e investiga uma organização criminosa que opera um esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

O que aconteceu

Os dois se entregaram e continuaram presos porque já havia mandados de prisão emitidos contra eles. A informação foi confirmada ao UOL pelo advogado de Darwin, Ademar Rigueira.

Eles já deram entrada no sistema penitenciário do estado. Segundo a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização) de Pernambuco, Darwin foi levado para o Cotel (Centro de Observação e Triagem Criminológica Everardo Luna), na cidade pernambucana de Abreu e Lima. Maria deu entrada na Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no Recife.

Darwin e Maria prestaram depoimento às autoridades. "Todos os questionamentos da polícia foram devidamente respondidos e as dúvidas sobre as atividades da empresa Esporte da Sorte foram sanadas", informou o escritório Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão, que faz a defesa do casal. Os defensores também confirmaram que os clientes demonstraram, ainda no depoimento, a "regularidade e a legalidade das atividades profissionais" da empresa.

Defesa diz que já impetrou Habeas Corpus do casal no TJPE (Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco). Agora, eles aguardam a análise da solicitação.

Em nota na quarta-feira (4), a Esporte da Sorte disse que segue à disposição das autoridades. Eles ressaltaram que, desde março de 2023, a empresa presta "todos os esclarecimentos necessários nos autos do inquérito policial em curso, através de diversas petições e documentos apresentados pelo escritório Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão".

Entenda o caso

A polícia apreendeu na quarta-feira (4) joias e dinheiro vivo no apartamento de Darwin Filho, na zona sul de Recife. Ele não estava no local no momento da apreensão.

A reportagem apurou que havia mandados de prisão preventiva (por tempo indeterminado) no nome de Filho, do pai dele (Darwin Henrique da Silva) e de Maria Eduarda. Os documentos foram emitidos pela 12ª Vara Criminal da Capital, de Recife, na terça-feira (3).

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Já Pedro Avelino, que representa o pai de Darwin, Darwin Henrique da Silva, declarou ao jornal O Globo que o cliente não se apresentará às autoridades. O UOL tentou contato com o advogado, que não retornou as mensagens.

Deolane Bezerra e sua mãe foram presas na manhã de quarta-feira (4). Ao todo, polícia cumpria 19 mandados de prisão, 24 mandados de busca e apreensão domiciliar no Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel e Curitiba (PR) e Goiânia (GO). Todos expedidos pelo juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca de Recife.

Justiça determinou bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. Os investigados na operação também devem entregar passaportes e, se for o caso, terão o porte de arma suspenso.

Helicópteros, carros de luxo e imóveis também foram apreendidos pela polícia.

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Imagem: Divulgação/PCPE

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