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Apagão já gerou mais de R$ 1,6 bilhão de prejuízos em SP, diz Fecomércio

Apagão São Paulo Imagem: Guilherme Tagiaroli/UOL

Do UOL, São Paulo

15/10/2024 08h30

A falta de eletricidade na cidade de São Paulo, que está em seu quinto dia, já gerou R$ 1,65 bilhão de prejuízos aos setores do varejo e de serviços da capital.

O que aconteceu

Só a parte de serviços teve uma perda de R$ 1,1 bilhão. Já o varejo paulistano, de pelo menos R$ 536 milhões. Os dados são do FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e foram divulgados nesta segunda-feira (15).

Aos finais de semana, os dois setores tendem a faturar mais de R$ 3 bilhões, segundo a organização. ''Muitas empresas estão contabilizando perdas a cada dia sem luz, como mercados, restaurantes, farmácias e lojas do varejo, além de serviços que ficam impossibilitados de operar, já que, além da energia, estão sem acesso à Internet'', disse a Federação.

A FecomercioSP também enfatiza sobre os custos excedentes que tiveram. De acordo com eles, diante da situação alarmante, estabelecimentos não viram outra opção a não ser alugar geradores, contratar mão de obra extra ou comprar combustível para manter dispositivos operando.

250 mil clientes sem energia em todo estado

Enel não detalhou quais cidades são afetadas pelo apagão. Nos boletins de segunda-feira (14), Cotia, Taboão da Serra, São Bernardo do Campo e a zona sul da capital eram as áreas mais atingidas. Até o momento, a luz foi restabelecida para 1,8 milhão de casas, segundo a companhia.

Não há previsão para que a luz volte. Os boletins da empresa não projetam um horário para normalização do serviço. Nessa segunda, o diretor de operações da Enel, Darcio Dias, afirmou que 17 linhas de transmissão foram afetadas e que o trabalho das equipes "não é uma operação simples".

Técnicos de outras companhias ajudam na operação. Em entrevista na tarde de segunda, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que 400 técnicos de outras concessionárias também viriam a São Paulo para auxiliar no restabelecimento da luz.

Em crítica ao prefeito de São Paulo, ministro afirmou que as quedas de árvores contribuíram para o apagão. Silveira cobrou que Ricardo Nunes (MDB) cuidasse do projeto urbano da cidade e disse que 50% das ocorrências foram causadas por árvores que caíram sobre a rede elétrica. O ministro também deu até quinta-feira (17) para que os problemas de maior volume sejam sanados.

Profissionais da Enel no Chile, Argentina, Itália e Espanha também foram convocados. Eles vão somar ao time de técnicos da empresa em outros estados brasileiros que já estão na capital paulista.

Ventos mais fortes desde 1995. A tempestade que atingiu São Paulo na sexta-feira (11) deixou ao menos sete pessoas mortas na Grande São Paulo. Os ventos, que ultrapassaram 107 km/h, foram os mais fortes em três décadas, segundo a Defesa Civil. As regiões oeste e sul da cidade foram as mais atingidas, assim como Carapicuíba, Taboão da Serra, Cotia, Osasco e Barueri.

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